O IPCA-15, indicador medido pelo IBGE e considerado prévia da inflação oficial do país, desacelera e ficou em 0,18% neste mês de outubro, indicando que o custo de vida aumentou menos do que no mês passado.
Em setembro, o IPCAS-15 ficou em 0,48%.
Dos nove grupos de preços apurados pelo IBGE, seis registraram alta no período da medição: últimos 15 dias de setembro e primeiros 15 dias de outubro.
A principal pressão para a alta veio do grupo Transportes, principalmente em razão do encarecimento dos combustíveis e das passagens aéreas. Os subitens ônibus urbano e metrô também contribuíram.
Os outros cinco grupos que também registraram alta nos preços, na prévia da inflação, são Vestuário, Despesas pessoais, Saúde e cuidados pessoais, Habitação e Educação.
Já os preços médios dos grupos Artigos de residência, Comunicação e Alimentação e bebidas recuaram.
O grupo Alimentação e bebidas tem peso bastante relevante na medição da inflação e, por isso, vale destacar o comportamento de alguns componentes do grupo.
A alimentação no domicílio, por exemplo, registrou variação de -0,10%, ou seja, deflação. Contribuíram para esse resultado principalmente as quedas da cebola, do ovo de galinha, do arroz e do leite longa vida.
Em relação à alimentação fora do domicílio, o IBGE aponta para desaceleração em outubro. A variação foi de 0,19% na prévia deste mês, contra 0,36% na prévia de setembro. Segundo o Instituto, isso ocorreu por causa das altas menos intensas do lanche e da refeição.
Com o resultado atual, o IPCA-15 acumula alta de 3,94% no ano e de 4,94% no acumulado de 12 meses. Pelos dados prévios, portanto, a inflação anual se mantém acima do teto a meta do governo, que é de 4,5%.
