Em entrevista ao programa “Cessar-fogo” de 24/10, apresentado às sextas-feiras às 21h00 na TV 247 e disponível no site da TV 247, o presidente da ABI, Octávio Costa traçou um paralelo entre o governo militar e o governo Bolsonaro no que diz respeito às relações com a imprensa.
“O Correio da Manhã não acabou por incompetência. Prenderam a dona, a Niomar Muniz Sodré, uma mulher guerreira, foi presa em 1968 e tudo e acabou que os militares enforcaram o jornal economicamente. Há um documento interno do SNI, o chefe era o general Octávio Medeiros em que ele determina que nenhuma estatal anunciasse no Correio da Manhã. Esse documento foi encontrado por Elio Gaspari”. Play Video
“Mais ou menos como Jair Bolsonaro fez com a Folha?”
“Bolsonaro fez com a Folha e com O Globo. O Globo e a TV Globo abocanhavam quase 70% da publicidade oficial. Porque se levava em conta a tiragem do jornal e a audiência da TV. E o Bolsonaro entrou, jogou esse critério no lixo, começou a dar verba oficial pros compadres, ou seja, TV Record, Jovem Pan e foi enforcando… Você sabe que foi a maior crise da história das Organizações Globo!? Porque foi o fim dessa publicidade oficial. Eles demitiram muita gente! No Globo, na TV Globo, na Globo News, porque tiveram que se adaptar àquilo. Quatro anos quase que a seco de publicidade oficial. Tiveram que se adaptar. Tinha a publicidade privada, mas não era suficiente. A publicidade privada também caiu muito e hoje, realmente, você abre o jornal impresso… eu fico impressionado… você abre o Globo… (folheia o Globo) os anúncios são todos da casa… os eventos… não tem anúncio pago”.
“Em São Paulo as bancas recebem um Globo, dois… não tem sucursal em São Paulo, não tem assinatura em São Paulo”…
“A CAOA botava seis, oito páginas de anúncios no Globo, na Folha, hoje não tem mais isso. A publicidade oficial é vital. BNDES, Caixa, Banco do Brasil, Petrobrás. É fundamental”.
Fonte: Brasil 247






