Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil registrou 4.397 denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes.
O número é do Ministério dos Direitos Humanos e representa um aumento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o aumento das penas para quem favorece prostituição ou exploração sexual de menores.
A proposta eleva a punição de 4 a 10 anos para 6 a 12 anos de prisão e, para valer, ainda precisa de algumas aprovações no Congresso. O próximo passo é a análise na Câmara dos Deputados.
Em agosto, o país bateu o recorde de denúncias dos últimos quatro anos: 876 casos em um único mês.
Desde 2021, os números vêm crescendo de forma contínua — um sinal de alerta sobre a gravidade do problema.
Especialistas afirmam que, embora o endurecimento das penas tenha valor simbólico, a redução dos casos depende de políticas públicas efetivas, com foco em prevenção, educação, acolhimento e investigações mais rápidas.