São Paulo registrou ao menos 5 mortes e diversos atendimentos hospitalares nos últimos dias, em razão do envenenamento por metanol, adicionado a bebidas alcoólicas falsificadas.
As autoridades policiais e sanitárias ainda investigam detalhes das ocorrências para entender o que está acontecendo, mas os casos acendem alerta em todo o país.
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria química, principalmente para fabricar solventes, adesivos e revestimentos. É altamente tóxico e, mesmo pequenas quantidades podem causar sérios prejuízos a saúde, inclusive cegueira e até morte.
Ou seja, apesar de ser um álcool, assim como o etanol, que é produzido da cana, milho e outros grãos e cuja ingestão é segura em doses moderadas, o metanol não pode ser consumido, é considerado veneno.
No entanto, o metanol tem baixo custo e, por isso, é usada por quadrilhas criminosas que falsificam bebidas alcoólicas.
Um monitoramento do Médicos Sem Fronteiras mostra que, nos últimos 20 anos, pouco mais de 12.600 pessoas morreram pelo mundo em casos suspeitos de intoxicação por metanol, na maioria dos casos, em ocorrências ligadas ao consumo de bebidas adulteradas.
Somente neste ano, já foram mais de 360 vidas perdidas.
Para se prevenir, evite comprar e consumir bebidas comercializadas a um preço muito abaixo do normal.
Fique atento à embalagem do produto. Se estiver com a tampa torta, lacre suspeito, rótulo mal impresso ou com erros, desconfie.
Bebidas falsificadas também não costumam trazer no lote informações essenciais e obrigatórias, como CNPJ no fabricante, endereço e lote do produto.
Caso desconfie de intoxicação após ingerir bebida alcoólica, procure atendimento médico imediatamente.
Os principais sintomas de envenenamento por metanol são visão turva, dor de cabeça forte, náuseas, tontura e confusão mental.