(Reuters) – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira manter a prisão domiciliar e outras medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro, reforçando o que considerou risco de fuga do ex-presidente, agora condenado pelo processo de tentativa de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro havia pedido o fim da prisão domiciliar no último dia 24, uma vez que a medida fora imposta no âmbito de inquérito sobre suposta tentativa de interferência de Bolsonaro sobre o STF, pelo qual ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em sua decisão, Moraes lembrou que a domiciliar foi imposta após descumprimento de cautelares anteriores impostas e reforçou o risco de fuga de Bolsonaro depois que o ex-presidente foi condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
“A garantia da ordem pública e a necessidade de assegurar a integral aplicação da lei penal justificam a manutenção da prisão domiciliar e demais cautelares, como substitutivas da prisão preventiva”, disse Moraes em sua decisão.
Procurada, a defesa de Bolsonaro não respondeu de imediato a pedido de comentário.
(Reportagem de Luciana Magalhães, em São Paulo)