Belém está no centro das atenções mundiais devido à COP30, que acontece na cidade até 21 de novembro. Rica em história, cultura e gastronomia, a capital paraense reúne lugares como o Museu de Gemas e a Igreja de Santo Alexandre, que merecem a visita durante todo o ano.
É claro que o Mercado Ver-o-Peso e a Estação das Docas, dois atrativos já bastante conhecidos dos belenenses e viajantes, devem estar no roteiro. A cidade tem um amplo circuito cultural, como destacado no Guia Belém do CNN Viagem&Gastronomia, mas algumas atrações menos conhecidas também valem o registro.
A seguir, confira 8 lugares para conhecer em Belém durante e após a COP30:
1. Museu de Gemas
O Museu de Gemas recorda a história da gemologia (estudo de pedras preciosas) no Pará desde períodos do século XVIII, e sua exploração até a contemporaneidade. O local reúne pedras preciosas, minerais e joias inspiradas na cultura e na história da região.
O local faz parte do Espaço São José Liberto, que também inclui a Oficina de Joias, a Casa do Artesão, o Memorial de Cela, o Jardim da Liberdade, a Capela São José Liberto e o anfiteatro Coliseu das Artes.
Museu de Gemas: Praça Amazonas, s/n – Jurunas, Belém / Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 18h; domingo e feriados, das 10h às 14h / Mais informações pelo Instagram.
2. Casa Comercial Paris N’América
A Casa Comercial Paris N’América foi fundada em 1870 em estilo art nouveau, inspirada na Galeries Lafayette, de Paris. O prédio foi construído visando ser residência e ponto comercial do empresário português Francisco de Castro, que importou materiais da Europa para a construção.
A escadaria do interior da loja é um dos detalhes que mais chamam a atenção dos visitantes: é vazada no centro e decorada com uma estátua de bronze. Assim como no passado, a loja continua a se dedicar ao comércio de produtos têxteis. Fica no bairro comercial da Campina e é tombada como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Casa Comercial Paris N’América: Rua Santo Antônio, 132, Campina, Belém / Tel.: (91) 99609-9528 / Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30; sábado, das 8h30 às 14h / Mais informações pelo Instagram.
3. Igreja de Santo Alexandre e Museu de Arte Sacra
A igreja, que nasceu como uma capela de devoção a São Francisco Xavier, é atualmente dedicada a São Alexandre, e fica integrada ao Museu de Arte Sacra do Pará. O templo começou a ser construído em 1616 pelos jesuítas com ajuda de indígenas, inaugurado em 1719, com predomínio do estilo barroco.
Até o dia 31 de dezembro, o museu sedia a exposição “Climate Elders”, projeto fotográfico que mostra o cotidiano de pessoas idosas afetadas pela crise climática. Os ingressos saem por R$ 4.
Igreja de Santo Alexandre e Museu de Arte Sacra: Praça Frei Brandão, s/n – Cidade Velha, Belém / Horário de funcionamento do museu: de terça a domingo, das 9h às 17h.
4. Museu do Encontro – Forte do Presépio
O Museu do Encontro é um dos circuitos expositivos do Forte do Presépio, local que formava o núcleo inicial da cidade de Belém, no século XVII. O museu discorre sobre o processo de ocupação da Amazônia ao longo do tempo, além do encontro com os nativos e a conquista e colonização da região.
O acervo compreende diferentes objetos, como material lítico, cerâmicas marajoara e tapajônica, além da coleção de muiraquitãs, que são amuletos indígenas provenientes de vários sítios arqueológicos.
Museu do Encontro: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n, 66020-600 (Complexo Feliz Lusitânia) – Cidade Velha, Belém / Horário de funcionamento do Forte do Presépio: terça a quinta, das 9h às 14h; sexta, sábado e domingo, das 9h às 17h.
5. Palacete Bolonha
O Palacete Bolonha foi erguido como a residência do arquiteto Francisco Bolonha, muito atuante no início do século XX. Atualmente, o local funciona como o Museu Casa Francisco Bolonha, onde é possível encontrar elementos art nouveau, neoclássicos, góticos e barrocos.
Símbolo da Belle Époque em Belém, o imóvel foi tombado como patrimônio histórico e paisagístico pelo Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Pará em 1982, sendo considerado um bem cultural de valor inestimável para o município e o estado.
Visitas gratuitas ocorrem de terça a sexta, das 9h30 às 16h30, com até 15 pessoas por turno. No passeio é possível ver o hall de entrada com azulejos franceses e as salas de almoço e jantar no primeiro andar. No segundo, há vestuários, sala de costura e o banheiro do casal Bolonha.
Palacete Bolonha: Avenida Governador José Malcher, 295, Nazaré, Belém / Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 9h30 às 16h30.
6. Complexo Mercedários
A construção do Complexo Mercedários, que inclui um antigo convento e a Igreja Nossa Senhora das Mercês, começou em 1640 e foi refeita a partir de 1748. O espaço é um dos maiores e mais importantes conventos coloniais da região amazônica. Em 2018, o complexo foi cedido à Universidade Federal do Pará (UFPA).
Durante a COP30, o local recebe a Casa BNDES, que conta com uma programação gratuita de filmes, exposições e performances. Após o período, os turistas podem visitar a Galeria de Arte da universidade, localizada no mesmo prédio, assim como a livraria da Editora da UFPA.
Mercedários UFPA (Complexo Mercedários): Boulevard Castilhos França, s/n – Bairro Campina, Belém / Horário de funcionamento da Galeria de Arte: segunda, quinta e sextas-feira, das 10h às 20h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 16h.
7. Museu Goeldi
Um dos museus mais antigos do Brasil, o Museu Paraense Emílio Goeldi é um centro pioneiro nos estudos dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia. Isso significa que o local é ideal para quem deseja aproveitar a visita a Belém para conhecer mais sobre a floresta.
O museu abriga o primeiro Parque Zoobotânico do país, inaugurado em 1895, e o Campus de Pesquisa, adquirido em 1978. O local tem uma terceira base física, a Estação Científica Ferreira Penna, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Marajó.
Durante a COP30, o museu é sede da Casa da Ciência, aberta ao público com projetos, palestras, atividades e exposições sobre ciência e soluções climáticas.
Museu Goeldi (Parque Zoobotânico): Avenida Magalhães Barata, 376, São Brás – Belém / Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 9h às 16h / Valor do ingresso: R$ 3.
8. Praça Batista Campos
Outro local histórico da cidade é a Praça Batista Campos, que era conhecida no século XIX como Largo da Salvaterra. A praça fica no centro da cidade, tem 26 mil metros quadrados e é conhecida por ser uma das mais belas da capital paraense, além de ser tombada.
O espaço passou por várias restaurações ao longo de mais de 120 anos, sendo a mais recente em 2024, quando houve a pintura dos coretos, a recuperação das calçadas, revitalização do castelinho e implantação de iluminação com luzes LED.
Nos arredores da praça fica a Padaria Sagres, uma das dicas de onde comer em Belém por insiders entrevistados pelo CNN Viagem & Gastronomia, assim como uma das unidades da sorveteria IceBode, na lista de onde tomar sorvete em Belém.
Praça Batista Campos: Travessa Padre Eutíquio, S/N – Batista Campos, Belém.
Atrações em Belém
Os atrativos acima são apenas uma amostra do que fazer na capital paraense. No Guia Belém do CNN Viagem&Gastronomia, personalidades culturais como a jornalista Amanda Kaoma, a artista Drika Chagas e o historiador e professor Michel Pinho indicam seus lugares preferidos para aproveitar a sede da COP30.
Fonte: CNN Brasil







