Na manhã desta terça-feira (25.11), 75 crianças da Escola Municipal José Cezário de Castilho participaram da 18ª edição do programa Futuro em Campo, realizado na Fazenda Bom Jesus, em São José do Rio Claro. A iniciativa da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) proporcionou aos alunos uma experiência prática no dia a dia do campo, aproximando-os da produção de alimentos e das diversas oportunidades presentes no setor agropecuário.
Durante a visita, os estudantes percorreram áreas de maquinários, lavoura e pecuária; realizaram o plantio de mudas de jabuticaba, acerola, limão taiti e limão rosa; participaram da dinâmica Do Grão ao Prato e também conheceram produtos derivados de soja e milho apresentados pelo supervisor Mário Lago.
Para o vice-presidente Oeste da Aprosoja MT, Gilson Antunes de Melo, o Futuro em Campo cumpre um papel fundamental ao aproximar as crianças da realidade da produção de alimentos.
“Eu acho que o Futuro em Campo não é o melhor, é um dos melhores projetos da Aprosoja MT, porque ele traz essas crianças da cidade para dentro da propriedade, para elas entenderem todo o funcionamento dela, como é feito para produzir o alimento que vai para a mesa na cidade. E daqui, elas vão levar para lá também toda essa informação. E esse é o nosso objetivo, que essas crianças cheguem na cidade e contem aos seus familiares e amiguinhos. Com isso, eles entendem que quem está aqui no campo está trabalhando no seu dia a dia, suando para fornecer um alimento de qualidade e com sustentabilidade todos os dias do ano”, diz ele.
O anfitrião da vez foi o delegado coordenador do núcleo, Fabrício Kleyton Bernardi Coelho Portilho, que destacou que a ação é essencial para que as crianças compreendam a origem dos alimentos e levem informações corretas para casa. Ele ressaltou que receber o projeto em sua propriedade permitiu que os alunos tivessem o contato direto com o processo produtivo, retornando mais conscientes sobre o papel do agricultor.
“Para nós aqui da Fazenda Bom Jesus é de extrema importância e nos sentimos muito honrados em receber esse projeto Futuro em Campo. Ajudar a informar essas crianças de onde vem o alimento que tá na mesa do dia a dia deles, e receber informações adequadas de como são produzidos esses alimentos. Sabemos que hoje existem muitas informações errôneas, e essa informação eles vão levar para o resto da vida. Eu não tenho dúvida que isso vai impactar nas futuras gerações. Tenho certeza que isso vai marcar o coração deles”, comentou o produtor.
A secretária de Educação do município, Juliana Ghedin Cappellesso, acompanhou a programação e destacou o valor pedagógico da vivência. “O Futuro em Campo é um projeto maravilhoso que vem para agregar muito na educação. Como é bom quando as crianças conhecem de onde vem o seu alimento, de onde vem a sua roupa, e que cada vez mais eles possam valorizar o produtor rural. Nós somos dependentes do produtor. Quanto mais os alunos conhecerem esse mundo, mais irão valorizar e respeitar”, destacou.
A coordenadora da escola, Cristiane Macedo, afirmou que atividades como essa fortalecem o aprendizado e despertam o interesse dos alunos. “Acredito que seja muito importante esse movimento, essa interação das crianças com o campo porque desperta interesse, curiosidade e, quem sabe, futuros profissionais do campo. Nós desenvolvemos diversos projetos envolvendo o meio ambiente, e acredito que isso vem agregar e fortalecer todo esse aprendizado que eles estão tendo no dia a dia”, ressaltou a professora.
As crianças também compartilharam suas impressões. O aluno Lucas Cristiano Nascimento contou que aprendeu sobre o funcionamento das máquinas, o plantio e os cuidados necessários com a lavoura.
“Aprendi como as máquinas colhem a soja, como que planta, que os maquinários servem para muitas coisas, passar remédio na soja para ela não morrer. Nós aprendemos muito e isso vai ajudar muito o nosso conhecimento”.
Já o aluno Alisson Davi de Oliveira disse que ficou encantado com os equipamentos agrícolas e com o ciclo de produção da soja, aprendizados que despertaram nele até mesmo uma possível escolha profissional.
“Foi muito legal, minha primeira vez numa lavoura. Eu gostei muito dos maquinários, que eu nunca tinha visto na minha vida. Aprendi que pode colher só uma vez no ano, que tem que plantar antes do dia 31 de dezembro e muito mais. Eu quero ser agrônomo, cuidar das plantas, fazer as coisas.”
O evento foi encerrado com a entrega de medalhas, cartilhas e picolés aos alunos. Durante toda a programação, uma equipe de saúde e ambulância esteve presente para garantir a segurança da visita das crianças à propriedade.
Fonte: Raiane Florentino | Assessoria de Comunicação