O custo de vida no Brasil aumentou menos no mês de outubro.
O IPCA, índice apurado pelo IBGE e considerado a inflação oficial do país, registrou alta de 0,09% no décimo mês do ano.
Apesar do avanço, houve desaceleração em relação ao mês anterior, já que em setembro o IPCA registrado foi de 0,48%.
De acordo com o IBGE, o resultado de outubro foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica,com destaque para a energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,39%.
Isso aconteceu principalmente devido à mudança na bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87.
Já o grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso na composição do indicador, ficou praticamente estável, variando apenas 0,01%; apesar de ter interrompido uma sequencia de quedas, o resultado é o menor para um mês de outubro desde 2017.
Ainda de acordo com o IBGE, como ficou estável, o grupo Alimentação e Bebidas não exerceu pressão no resultado geral da inflação.
Mas vale destacar o comportamento dos preços relacionados à alimentação no domicílio, que caíram 0,16%, com destaque para as quedas na casa de 2,5% do arroz e de 1,9% do leite longa vida.
Já em relação às altas, destaque para a batata-inglesa, cujo preço médio avançou 8,5% em outubro, e o óleo de soja, que encareceu 4,6% no mês.
Com o resultado de outubro, o IPCA agora registra alta de3,73% no acumulado do ano. Na janela de 12 meses, o avanço da inflação é de 4,68% – ainda acima do teto da meta estabelecida para este ano, que é de 4,5%.