A Organização Pan-Americana da Saúde, a Opas, retirou o certificado que reconhecia o continente americano como livre da transmissão endêmica do sarampo.
O motivo foi a circulação contínua do vírus no Canadá por mais de um ano — o que configura transmissão sustentada da doença.
A perda do status é reversível, mas o alerta é claro: enquanto o sarampo não for eliminado globalmente, o risco de novos surtos permanece, especialmente entre populações com baixa cobertura vacinal.
Em 2025, já foram confirmados mais de 12 mil casos nas Américas, com 95% concentrados no Canadá, México e Estados Unidos.
O número é 30 vezes maior que o registrado em 2024.
No Brasil, a situação ainda está sob controle. O país mantém o certificado de eliminação e registrou 34 casos neste ano, a maioria em Tocantins.
De acordo com o Ministério da Saúde, os episódios foram pontuais e ligados a casos importados.
Vale lembrar que, para continuar impedindo a circulação do vírus do sarampo no nosso país, é fundamental que a população esteja vacinada.
A dose que protege contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível no SUS.
O imunizante é aplicado em duas doses.
A primeira dose deve ser tomada aos 12 meses de idade, com o imunizante tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola.
Já a segunda dose, é aplicada aos 15 meses, com a tetraviral, que reforça a proteção contra as três doenças citadas e projete também contra catapora
Qualquer pessoa com até 59 anos que, por algum motivo, não tenha comprovante de vacinação ou não tenha completado o esquema vacinal pode e deve receber a proteção contra o sarampo.
A recomendação é de duas doses para pessoas de 1 a 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.
