Os CACs — caçadores, atiradores e colecionadores de armas — continuam dominando o mercado de munição no Brasil.
Só nos seis primeiros meses deste ano, 104 milhões de unidades de munições foram vendidas no nosso país, uma média de 580 mil por dia.
Os CACs adquiriram 54 milhões deste total.
Os dados são de levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, com base em dados do Exército.
Ele mostra também que caçadores, atiradores e colecionadores compraram quase 1 milhão de munições de grosso calibre, o que representa dois terços de tudo que foi vendido no nosso país para esse tipo de armamento.
De janeiro a junho, foram vendidos no país cerca de um milhão e 400 mil munições de fuzis, sendo 67% delas vendidas ao grupo, um total que beira 950 mil munições, numa média, segundo o levantamento, de 5.270 por dia.
Essas munições são justamente as mais usadas pelo crime organizado em confrontos com a polícia.
A principal preocupação é que, apesar das regras mais rígidas desde 2023, a circulação dessas armas e munições segue alta — e parte delas acaba desviada para facções criminosas.
