A inflação em outubro desacelerou para todas as faixas de renda e o alívio maior foi sentido pelos mais pobres.
De modo geral, segundo o IBGE, o custo de vida subiu 0,09% no décimo mês do ano.
O Indicador de Inflação por Faixa de Renda, do Ipea, no entanto, que faz recorte por renda, constatou que, entre as famílias de renda muito baixa, que apresentam renda domiciliar inferior a R$ 2.202,02, houve deflação de 0,03%.
Principalmente para esse grupo, além da queda no preço dos alimentos, que vem sendo registrada há alguns meses, a queda nos preços do grupo habitação e de artigos de residência também ajudou a frear a inflação em outubro.
Já entre as famílias de renda alta, com renda domiciliar acima de R$ 22.020,22, a desaceleração foi mais moderada.
De acordo com o Ipea, após a taxa de 0,35% registrada em setembro, a inflação caiu para 0,22% em outubro. Esse grupo sente menos a queda dos alimentos e da energia elétrica é menor. Para eles, itens como combustíveis e os preços das das passagens aéreas e dos serviços pessoais, que subiram, têm mais impacto.
Lembrando que o estudo do Ipea divide a população em 6 faixas de renda. Além das 2 já citadas, que são os extremos, há ainda as faixas de renda baixa, média-baixa, média e média-alta.
De modo geral, para as famílias de renda baixa e média-baixa a alta do custo de vida em outubro também foi menor do que os 0,09% da média nacional. Já as famílias de renda média e média-alta, assim como as de renda alta, sentida um avanço maior nos preços.
