Haaland lidera Noruega em segundo tempo implacável e faz Itália reviver drama da repescagem

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Haaland lidera a Noruega em segundo tempo fulminante e Itália volta a viver drama da repescagem. Foto: Luca Bruno/AP

Itália bem que tentou evitar, mas vai jogar mais uma vez a repescagem para a Copa do Mundo de 2026. Os jogadores de Gennaro Gattuso tinham não apenas a missão de derrotar a forte Noruega, mas precisavam aplicar um saldo de nove gols. O resultado positivo não veio. A partida terminou em 4 a 1 e a ‘Azzurra’ volta a viver o drama da possibilidade de ficar de fora de mais um Mundial. A Noruega volta pra competição que não disputa desde 1998.

Ciente da tarefa quase impossível que tinha pela frente, a Itália dominou completamente a primeira etapa. Logo aos 10 minutos, Esposito marcou seu 3º gol em cinco jogos pela seleção depois de uma boa troca de passes pelos jogadores italianos. A bola cruzou o campo da direita para a esquerda, Ryerson se atrapalhou, Dimarco tabelou dentro da área e depois serviu o camisa 15.

E foi justamente Dimarco quem mais participou das primeiras chances. A Noruega pouco reagiu, tendo sua primeira oportunidade apenas aos 30 minutos, sem perigo para Donnarumma. O erro na defesa que culminou no gol da Itália veio de justamente uma postura mais ‘tranquila’ dos noruegueses, que sabiam que estavam jogando com uma larga vantagem a seu favor.

Os times voltaram dos vestiários sem mudanças. Porém, a postura da Noruega mudou completamente e o segundo tempo determinou o resultado final. O empate veio aos 17 do segundo tempo. Depois de muito insistir, a Noruega igualou o placar com Nusa, que encarou a defesa, pedalou, e chutou forte de esquerda. A bola ainda desviou no meia italiano Politano.

Passado o susto do primeiro tempo, o nível de concentração da Noruega aumentou. O volume de jogo também, o que fez o goleiro Donnarumma trabalhar bastante. Destaque do primeiro tempo, Dimarco teve a melhor finalização italiana no segundo tempo à queima-roupa, mas o goleiro Nyland fez uma bela defesa.

Depois disso, foi só ladeira abaixo para a Itália. Goleador nato, Haaland marcou duas vezes consecutivas jogou um balde de água congelante no San Siro, aos 32 e 34 minutos. O primeiro, ao completar um cruzamento pela esquerda de voleio. O segundo, depois de um contra-ataque. Foram os 15º e 16º do camisa 9 na Eliminatória, média de dois por jogo.

Os três minutos de acréscimos foram uma eternidade para a Itália. Tanto que Larsen ainda teve tempo de anotar o quarto gol em pleno San Siro. O camisa 11 fez uma linda jogada, entortou a defesa italiana, chutou de esquerda no gol de Donnarumma e foi correr para abraçar seus companheiros segundos antes do apito final.

Como será a disputa da repescagem com a presença da Itália?

Quando o assunto é repescagem para a Copa do Mundo, o sangue do torcedor italiano congela. Nas últimas duas edições, a equipe ficou de fora dos Mundiais de 2018 e 2022 justamente por cair nesta etapa das Eliminatórias: para Suécia e Macedônia do Norte, respectivamente.

A última participação da Itália em uma Copa foi em 2014, no Brasil. Desde então, não tem tido mais presença confirmada. O incômodo jejum começará a ser definido ainda este mês, quando nesta quinta-feira (20), quando serão sorteados os novos confrontos.

Das 12 chaves das Eliminatórias Europeias, apenas os líderes têm vaga garantida para o Mundial de 2026. Os 12 vice-colocados entram em uma nova etapa somados aos quatro classificados pela Liga das Nações. Isto é, os quatro primeiros times do ranking geral e que não tenham sido 1º ou 2º de seus respectivos grupos.

Então, a Uefa divide novas quatro chaves com quatro times em cada. As seleções, então, jogam um tipo de ‘minicampeonato’, com duas ‘semifinais’ e uma ‘final’. Então, apenas o primeiro colocado de cada grupo se classifica para a Copa do Mundo do ano que vem.

O sorteio seguirá o seguinte modelo: times de pote 1 enfrentam times de pote 4, enquanto times de pote 2 encaram as seleções do pote 3. Os potes 1, 2 e 3 serão compostos pelas nações com melhor colocação no ranking da Fifa. O porte 4 engloba os classificados pela Liga das Nações.

Fonte: Estadão