A inadimplência cresceu no Brasil em outubro
É o que mostra o Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, do SPC Brasil em parceria com a CNDL, entidade que reúne os lojistas.
No décimo mês do ano, 72 milhões, 170 mil brasileiros estavam negativados.
Significa que 43,3 por cento dos consumidores do país estão com o nome sujo.
Na comparação com os números de outubro do ano passado, o total de inadimplentes aumentou 8,5%. Em relação ao mês imediatamente anterior, setembro, o avanço foi de pouco mais de meio por cento.
De acordo com a CNDL, a alta anual de devedores foi impulsionada, principalmente, por dívidas com tempo de atraso de três a quatro anos, que representam cerca de 28% do total.
O que os dados mostram, segundo a entidade, é que o brasileiro médio está financiando o básico, como contas, alimentação, pequenos gastos, não mais o supérfluo ou o investimento em bens duráveis.
E os juros agravam a situação: a Selic mantida em 15% a.a. deixa o crédito mais caro, reduz a margem de manobra do consumidor e a tolerância das instituições financeiras ao risco, cenário que dificulta a renegociações dos débitos, além de limitar o consumo e o investimento.
Ainda de acordo com a pesquisa, no mês passado, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.867,44 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, também em média, para pelo menos 2 empresas credoras.







