O Lanús, da Argentina, se sagrou campeão da Copa Sul-Americana de 2025 neste sábado (22) ao derrotar o Atlético-MG por 5 a 4 nos pênaltis, na final disputada em Assunção, no Paraguai.
Em sua terceira participação na competição, o time de Buenos Aires forçou a disputa de pênaltis após uma partida morna no estádio Defensores del Chaco, que terminou empatada em 0 a 0 após 120 minutos.
O goleiro Nahuel Losada foi o herói de sua equipe ao defender três pênaltis, incluindo um cobrado pelo ídolo do Galo, Hulk.
O Lanús, chamado de “maior clube de bairro do mundo”, agora possui dois títulos da Copa Sul-Americana, após o que foi conquistado em 2013, um feito alcançado por apenas outros cinco times: Athletico-PR, os argentinos Boca Juniors e Independiente de Avellaneda e os equatorianos Independiente del Valle e LDU.
O atacante do Atlético-MG, Hulk, e o zagueiro do Lanús, José Maria Canale, disputam a bola.© DANIEL DUARTE
Com a conquista deste título o time argentino se classificou para a fase de grupos da Copa Libertadores de 2026 e vai disputar a Recopa Sul-Americana do próximo ano.
“Soubemos competir, estar à altura das circunstâncias, superar obstáculos e rivais de alto nível”, comemorou após o jogo o técnico Mauricio Pellegrino, que aos 54 anos, conquistou seu primeiro título com treinador.
“É difícil entender” essa derrota, lamentou Sampaoli em uma coletiva de imprensa. “Estamos achando difícil entender como o time não venceu esta final”.
– Defesa argentina anula Hulk –
Embora tivesse sido reserva na Copa Sul-Americana, desta vez Hulk recebeu do técnico Jorge Sampaoli a oportunidade de começar como titular. No ataque, ele se deparou com uma muralha formada pelos zagueiros Izquierdoz e José Canale.
Jogadores do Lanús comemoram após a vitória na final da Copa Sul-Americana entre o Lanús, da Argentina, e o Atlético-MG no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, em 22 de novembro de 2025.© DANIEL DUARTE
Diante da defesa sólida, o Galo tentou outras estratégias, como uma cobrança de falta de Bernard que acertou a trave.
Para conquistar seu primeiro título como técnico, o ex-jogador Mauricio Pellegrino se cercou de jogadores experientes que já haviam disputado finais e decidiram retornar ao clube onde iniciaram suas carreiras profissionais para ganhar um título continental.
Izquierdoz, aos 37 anos, tranquilizou os ânimos de sua equipe em meio à pressão proporcionada pela torcida do time mineiro.
O Lanús chegou a esta final com o lema de superar qualquer adversário através da raça e da vontade.
O time argentino voltou a negar a Hulk um título internacional, depois de ele ter perdido a final da Libertadores do ano passado para o Botafogo.
Apesar de ser idolatrado pela torcida pelo título do Brasileirão de 2021, o primeiro do Atlético-MG em 50 anos, e por seus 134 gols com a camisa alvinegra, a falta de um título continental continuará a assombrar o atacante de 39 anos.
– Pellegrino frustra Sampaoli –
Cada vez mais inspirada pelo esporte americano, a Conmebol organizou um show no intervalo no estádio da seleção paraguaia pela primeira vez em um torneio de clubes.
Embora nunca tenha escondido o desejo de conquistar seu primeiro título como técnico, Pellegrino, de 54 anos, não considerava esta final uma questão de vida ou morte.
Do outro lado, porém, o explosivo técnico argentino Jorge Sampaoli buscava redenção, pois não podia se dar ao luxo de mais um fracasso após as decepcionantes experiências em clubes como Sevilla e Flamengo.
Apesar de sua equipe ter dominado a maior parte da partida, sem um centroavante tradicional, não conseguiu criar perigo real.
O técnico conseguiu manter o Lanús longe de seu gol, o que levou a um empate sem gols, que só foi quebrado por uma defesa espetacular do goleiro Nahuel Losada em um chute de Gabriel Teixeira na prorrogação.
Na disputa de pênaltis, o goleiro brilhou novamente com três defesas memoráveis em tentativas de Texeira, Hulk e a decisiva contra Vitor Hugo.
Escalações:
Lanús: Nahuel Losada – Gonzalo Pérez (Armando Méndez 104′), Carlos Izquierdoz (cap), José Canale, Sasha Marcich – Eduardo Salvio (Franco Watson 94′), Agustin Medina (Lautaro Acosta 119′), Marcelino Moreno (Juan Edgardo Ramírez 103′), Augustín Cardozo, Ramiro Carrera (Dylan Aquino 82′) – Rodrigo Castillo (Walter Bou 94′). Técnico: Mauricio Pellegrino.
Atlético-MG: Everson – Ruan Tressoldi Netto, Vitor Hugo, Junior Alonso (cap) – Igor Silveira Gomes, Franco Palma (Alexsander 87′), Guilherme Arana (Caio Paulista 87′), Bernard (Gustavo Scarpa 78′) – Dudu (Gabriel Teixeira 94′), Hulk, Roni (Renzo Saravia 105′). Técnico: Jorge Sampaoli.
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