Desigualdade no mercado de trabalho brasileiro atinge de forma mais intensa as mulheres negras.
De acordo com estudo do Dieese, 3 em cada 10 lares do país, num total de 24 milhões de residências, são chefiados por mulheres negras; ao mesmo tempo, elas enfrentam as piores condições de emprego, salários mais baixos e acúmulo de funções dentro e fora de casa.
Uma das constatações do estudo, por exemplo, é que a taxa de desocupação entre mulheres negras chega a 8%, o dobro da registrada, por exemplo, com relação a homens brancos, o grupo mais privilegiafo. E 39%, praticamente 4 em cada 10 mulheres negras, portanto, estão na informalidade.
Ainda de acordo com o Dieese, elas ganham, em média, 53% a menos que homens brancos — uma diferença equivalente a R$ 30,8 mil por ano.
Metade as mulheres negras vive com até um salário mínimo e uma em cada 6 trabalha em atividades domésticas ou de limpeza.
O estudo também mostra que apenas 1 entre 46 mulheres negras chega a cargos de direção ou gerência. Mantendo a comparação com os homens brancos, a diferença é enorme: entre eles, é 1 em cada 17 alcança os cargos mais altos.







