Um novo laudo psiquiátrico, que deve ser finalizado até o fim de dezembro, reavaliará a situação de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018.
O documento, encomendado pela Defensoria Pública da União, é aguardado para responder a três questões centrais que guiarão a decisão judicial.
E são elas: se Adélio ainda apresenta transtorno mental que justifique a manutenção da medida de segurança; Se sua condição psiquiátrica representa risco; e em caso positivo, em quanto tempo deverá ocorrer uma nova reavaliação. As respostas definirão se ele poderá, no futuro, deixar o sistema prisional federal.
Apesar da conclusão iminente do laudo, a análise judicial só deverá ocorrer em 2026, devido ao recesso do Judiciário. Adélio cumpre medida de segurança desde 2018, considerado inimputável, e permanece em cela individual na Penitenciária Federal de Campo Grande. Por decisão judicial, ele tem permanência mínima garantida no sistema até 2038.
Relembre o caso
Há sete anos, em setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O ataque, cometido por Adélio Bispo, comprometeu permanentemente a saúde do político, mas paradoxalmente consolidou sua imagem como uma figura antissistema.
O episódio ocorreu em um contexto de profunda crise política, marcada pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela Operação Lava Jato, que criou um vácuo propício para o surgimento de outros nomes para a política.
Bolsonaro, até então um deputado mais conhecido por declarações polêmicas, viu sua candidatura presidencial ganhar força após o atentado. Duas narrativas dominaram a reação: a de apoiadores, que culpavam a esquerda, e a de opositores, que previam seu fortalecimento político. Adélio Bispo cumpre medida de segurança em uma penitenciária federal.
Fonte: ÁreaVip
