Um estudo do Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostra que as motos deixaram de ser coadjuvantes nos acidentes de trânsito no Brasil: a participação desse tipo de veículo em acidentes fatais saltou de 3% no fim dos anos 1990 para quase 40% em 2023.
Esse aumento está diretamente ligado ao avanço da frota.
Em números brutos, a frota de motocicletas circulando por ruas, avenidas e estradas do país saltou de cerca de 2 milhões e 700 mil unidades, em 1998, para mais de 34 milhões em 2024.
Ainda de acordo com o Ipea, além de ser o veículo que mais mata no trânsito brasileiro, atualmente, as motos também representam cerca de 60% das internações por acidentes no trânsito e, só em 2024, geraram mais de R$ 270 milhões em gastos hospitalares.
O estudo também aponta que 7 de cada 10 mortes e internações por sinistros de motos atingem pessoas de 20 a 49 anos, com destaque para a faixa etária dos 20 aos 29 anos.
Pessoas pardas são maioria entre os mortos e internados e mais da metade das vítimas de acidentes fatais com motos tem ensino fundamental incompleto.
Os homens são o principal grupo de risco, respondendo por quase 9 de cada 10 mortes e mais de 80% das internações.





