As luzes suavizadas do auditório, o coral afinado e cenas teatrais que remetiam à magia natalina deram o tom do Recital de Natal realizado pelo Sesi Escola Cuiabá e Sesi Escola Várzea Grande. O evento, realizado na noite desta quarta-feira (26.11), marcou o encerramento das atividades da Educação Continuada (ECO), programa de contraturno que oferece formação artística, esportiva e tecnológica para estudantes da instituição.
Ao todo, 107 alunos participaram da apresentação, que reuniu teatro, música, dança, percussão e Libras em um espetáculo que encantou pais, familiares e professores. O recital foi construído a partir do trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, com destaque para cenas interpretadas pelos estudantes inspiradas em valores como solidariedade, acolhimento e esperança, temática reforçada no roteiro natalino encenado no palco, que abordou união familiar, empatia e generosidade.
Para Ana Clara, mãe de Samuel Lemos, estudante do 7º ano, o recital foi a confirmação de uma escolha que transformou rotinas e fortaleceu vínculos. “Colocamos o Samuel no violino porque a nossa família é muito ligada à música. Desde pequeno ele demonstrava interesse, e quando começaram as oficinas, ele se encontrou. Ver o crescimento dele, o desenvolvimento não só na música, mas com os amigos, a interação… para a gente é muito especial.”

O orgulho também transbordava nos olhos de Daniely Andrade, madrasta de Lavínia Steffan, aluna do ballet. “Ela ficou ansiosa, mas se identificou muito. No palco, arrasou. Foi emocionante, nós amamos. E essa mensagem de fim de ano… tudo muito importante e muito lindo.”
A emoção ganhou outro brilho no depoimento de Rose Lotti, mãe da pequena Valentina, entusiasmada com Libras. “É prazeroso ver ela fazendo Libras. Emociona. Ela ama. Ano que vem vai continuar em Libras, violino e outras artes. Hoje isso é importante para integrar a sociedade, e ela já se comunica bem. Ela inclusive me ensina, porque eu não sei absolutamente nada.”
O Recital de Natal é a culminância das aulas extracurriculares oferecidas durante o contraturno das unidades. Os alunos, distribuídos entre cursos de violão, teatro, percussão, cello, jazz, violino e Libras, dedicaram-se por meses à preparação do espetáculo que encerra o ano letivo com brilho e protagonismo estudantil.

A gerente do Sesi Escola Cuiabá, Luciana Brandão, destaca que o contraturno é uma estratégia pedagógica de impacto direto na formação integral dos estudantes. “Os professores ensinam arte sem deixar de lado os temas desafiadores da atualidade, como a inclusão. Com essa metodologia, preparamos nossos alunos para um futuro profissional promissor, alinhado ao respeito e à solidariedade”, afirma.
Educação integral que transforma realidades
Oferecido quatro dias por semana, o contraturno garante aos estudantes mais tempo de permanência na escola e oportunidades de desenvolver habilidades cognitivas, motoras, sociais e comportamentais por meio de práticas lúdicas e criativas.
Para a gerente do Sesi Escola Várzea Grande, Pollyanna Coelho, esse modelo pedagógico gera impactos mensuráveis. “Aqui, eles colocam a mão na massa. Essa prática diminui a ansiedade, melhora o foco e estimula os hormônios do bem-estar”, pontua.

desenvolver habilidades cognitivas, motoras, sociais e
comportamentais por meio de práticas lúdicas e criativas
Além das atividades artísticas, a Educação Continuada inclui ainda modalidades esportivas e oficinas na área de tecnologia, compondo um ciclo completo de formação que desenvolve tanto competências técnicas quanto habilidades socioemocionais, pilares essenciais para preparar os jovens para as demandas do século XXI.
O gerente regional de Educação do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Fernando Pereira, afirma que 2025 foi um período de avanços significativos para o programa. Segundo ele, o recital sintetiza o papel da escola em estimular autonomia, criatividade e expressão.
“O ano foi marcado por crescimento, inovação pedagógica e fortalecimento do vínculo com as famílias. O Recital de Natal mostra o quanto nossos alunos evoluíram tecnicamente, emocional e socialmente”, avalia.
Texto e fotos: Fernanda Nazário





