Vereador ataca servidora da educação por causa de veículo parado em supermercado

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Qualquer denúncia relacionada à má utilização da frota deve ser informada na ouvidoria da prefeitura para que haja a investigação pertinente.

Tomou conta das redes sociais no dia de ontem (17) uma publicação feita pelo vereador Jiloir Pelicioli, conhecido como Mano, atacando uma servidora com o objetivo de atingir a imagem do prefeito.

O vereador criticou o fato de que um veículo oficial foi visto no estacionamento de um supermercado e que, com base apenas neste fato, estaria sendo utilizado para fins particulares pelo servidor ou servidora responsável.

A servidora responsável, no caso, é a gestora da escola Fredolino de Barros, localizada na comunidade Groslândia, distante 54km da cidade. Ontem à noite, a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma formação com os Gestores das escolas municipais, razão pela qual a servidora precisou se deslocar para a cidade.

Segundo a gestora da escola, é muito comum que o veículo da escola seja visto em supermercados, em loja de departamento ou outro comércio da cidade. As escolas possuem autonomia financeira e tem recursos próprios, cabe à gestora da escola promover pequenos reparos ou promover pequenos eventos dentro da atividade escolar. “Tudo o que realizo após o horário com o carro público, tenho como provar por meio de notas. Penso ainda que o nobre vereador deveria ter um olhar diferente para os carros de escola do interior, pois utilizamos o mesmo para formações, cotações, compra de produtos para a escola, socorro à alunos quando se machucam em recinto escolar, dentre outros. Convido-o a acompanhar o dia-a-dia de uma escola do interior para depois fazer os seus julgamentos”, finaliza a servidora.

Enquanto ela já estava no local da formação, o secretário escolar que a acompanhou até a cidade passou brevemente na farmácia que fica dentro do supermercado para somente retirar um remédio para uma moradora da comunidade Groslândia, que não possui este tipo de estabelecimento. O secretário afirmou que o remédio já havia sido adquirido em outra ocasião mas que a farmácia não possuía a quantidade suficiente do medicamento e pediu para retornar outro dia para pegar o que faltava.

Segundo o supervisor adjunto da secretaria de obras, Ademir Santana, responsável pela frota do município, o GPS apontou que o veículo ficou parado no supermercado por 9 minutos. Ainda, “há um rigoroso controle sobre as frotas, os carros são rastreados por GPS e possuem diário de bordo. Além disso, foi o Tribunal de Contas do Estado que fez a recomendação para a que a prefeitura faça locação de frota em alguns casos ao invés de adquirir veículos próprios.”

“O veículo não foi utilizado para fazer compras, como deu a entender o Vereador. Mesmo que fosse, a compra poderia muito bem ser para a escola e não para fins particulares”.

O supervisor da Assessoria de Comunicação da prefeitura Daniel Tetilla foi enfático: “é função do vereador fiscalizar, mas isso deve ser feito de maneira responsável, averiguando os fatos. Esse tipo de conduta é inaceitável em um parlamentar. Na ânsia de criticar a prefeitura por tudo, o vereador acabou atacando uma servidora bem intencionada que somente estava realizando o seu trabalho. Aliás, estava fora do horário de expediente, dedicando-se ao seu oficio, sem receber nada a mais por isso.”

“A divulgação precipitada, sem a devida fiscalização e investigação, somente atende a fins eleitoreiros. Infelizmente isso tem sido comum por parte deste vereador e de algumas páginas nas redes sociais que se disfarçam com o humor para agir politicamente e falar mal de tudo o que acontece em Lucas do Rio Verde.” finaliza.

Qualquer denúncia relacionada à má utilização da frota deve ser informada na ouvidoria da prefeitura para que haja a investigação pertinente.

Outro Lado
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o vereador Jiloir Augusto Peliciolli e o mesmo foi enfático a dizer “Estou com advogado aqui em Sorriso e o que ocorreu é algo claro, se caracteriza como peculato pois o veículo é de uso exclusivo para serviço público, o que ela fez foi propriação de bens público para fins privados.” finalizou.

Fonte: MT Agora.