Neri Geller luta pela candidatura a Senado

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A empresária Margareth Buzetti e o deputado federal Neri Geller travam uma disputa dentro do PP para se viabilizarem visando a eleição suplementar ao Senado, que deve ocorrer em abril.

Neste fim de semana, imagens em que a principal liderança do partido, o ex-ministro Blairo Maggi, aparece com Margareth Buzetti, em Balneário Comboriú (SC), elevaram as apostas no nome da empresária.

Em uma foto, ainda aparecem o governador Mauro Mendes (DEM) e o chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho – ao lado de Margareth – fazendo o número “11” do PP com as mãos.

A reportagem apurou que Maggi não gostou de ver Geller em uma reunião recente com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e os irmãos Jaime (DEM) e Júlio Campos (DEM) no início deste mês. Na ocasião, o grupo defendeu um nome para fazer oposição ao agronegócio.

 

Blairo, que gostaria de ver o agronegócio unido em torno de uma candidatura, não aprovou o correligionário se colocando ao lado do prefeito e de lideranças de outra siglas.

Reprodução

Margareth

Mauro Carvalho, Blairo Maggi, Margareth Buzetti e Mauro Mendes em encontro em Baneário Camboriú (SC)

“Blairo ficou chateado com a participação do Neri em uma reunião onde se discutiu a formação de um grupo para lançar um candidato contra o agro. E a Buzetti vem tentando junto ao Blairo buscar apoio”, disse um fonte ao MidiaNews.

 

Musculatura política

Buzzetti e Geller, no entanto, podem encontrar dificuldade para criar musculatura política nesta eleição suplementar.

Geller responde a um processo na Justiça Eleitoral, que pode levar a cassação de seu mandato, e chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2018. Ele foi alvo da Operação Capitu, um das fases da Operação Lava Jato, que visa investigar crimes delatados pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro, operador do MDB.

Já Margareth não possui impedimentos com a Justiça, mas teria que criar musculatura política, já que nunca participou de disputa.

O apoio do ex-ministro, então, se torna essencial para ascender uma candidatura de peso ao Senado.

 

Fonte: MidiaNews