Michael Bloomberg desiste de concorrer à presidência dos EUA

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O bilionário Michael Bloomberg desistiu, nesta quarta-feira (4), de concorrer pela nomeação da candidatura presidencial do Partido Democrata. Ele gastou US$ 500 milhões em anúncios na campanha.

Ele anunciou apoio a Joe Biden, ex-vice-presidente do país, contra o senador Bernie Sanders. Além dos dois, ainda há a senadora Elizabeth Warren, que está em terceiro na corrida.

Segundo a agência Reuters, Warren está reavaliando sua campanha. Um assessor da campanha disse que a senadora está em conversas com sua equipe para decidir quais caminhos seguir a partir de agora.

Biden na liderança

Até as 11h30 (horário de Brasília), Biden despontava como favorito para vencer as primárias. Ele teve o melhor desempenho em 9 dos 14 estados que votaram na Superterça. Sanders aparecia como vencedor em outros três e lidera na Califórnia, estado que atribuirá o maior número de delegados.

Bloomberg é o principal acionista da empresa de informações financeiras que leva seu sobrenome, e já foi prefeito da cidade de Nova York. Ele mesmo financiou a sua campanha durante as primárias.

No total, ele ficou na disputa durante três meses. O melhor resultado que ele teve não foi em um estado americano, mas em um território: ele venceu as primárias da Samoa Americana.

O ex-pré-candidato publicou um comunicado para anunciar que não concorre mais.

“Eu acredito em usar dados para tomar decisões. Depois dos resultados de ontem, a matemática do número de delegados ficou virtualmente impossível –e um caminho viável para a nomeação não existe mais. Mas eu me mantenho de olhos abertos sobre meu objetivo maior: uma vitória em novembro. Não para mim, mas para o nosso país. E, ainda que eu não seja o nomeado, eu não vou fugir da luta política mais importante da minha vida.”

A iniciativa de financiar a própria candidatura fez com que seus adversários do Partido Democrata o acusassem de tentar comprar a candidatura.

Além de gastar meio bilhão de dólares em publicidade, ele tinha uma equipe maior que a dos outros pré-candidatos, segundo o “New York Times”.

O bilionário participou de dois debates, e seu desempenho foi considerado fraco pelos analistas políticos. Ele não se defendeu bem de perguntas sobre assédio a mulheres nas empresas dele.

Além disso, também foi atacado por causa de uma política que ele adotou durante seu tempo como prefeito de Nova York: a polícia passou a fazer mais abordagens e revistas em pedestres, especialmente em bairros de minorias negra e latina. Para seus críticos, foi uma prática racista.

Ao anunciar sua desistência, Bloomberg afirmou que Biden é quem tem mais chances de derrotar Donald Trump nas eleições presidenciais em 3 de novembro.

“Sempre acreditei que para derrotar Donald Trump é preciso começar com a união em torno de um candidato que tem a melhor chance de fazê-lo. Depois da votação de ontem, é claro que esse candidato é meu amigo e o grande americano Joe Biden”, afirmou Bloomberg.

Fonte : G1.com.br