Só agora o governo diz que eleição suplementar prejudica MT

0
88

O secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho disse que o pedido do governador Mauro Mendes (DEM) para o adiamento da eleição suplementar ao Senado, marcada para o próximo dia 26 de abril, seja realizado junto com pleito municipal, foi administrativo e reiterou que o requerimento foi pautado pela economicidade e o alerta de proliferação do Coronavírus.

Carvalho explicou que o pedido foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), na manhã desta quarta-feira (04), no gabinete do presidente, desembargador Gilberto Giradelli.

“Esse governo não é um governo de brincadeira. não estamos aqui para proteger candidato A, B ou C, mas o povo mato-grossense. Uma eleição custa caro, são milhões que são investidos e cada centavo faz falta para gente”, disse Mauro Carvalho.

“Os motivos que levaram o governo a tomar essa decisão, primeiramente foram à economicidade todos vocês sabem, a sociedade mato-grossense sabe, da dificuldade financeira que nós recebemos o Estado em janeiro de 2019. Então, não é porque o Estado no ano de 2020 encontra-se em numa situação um pouquinho melhor do que 2019 que vamos deixar de economizar qualquer centavo”, comentou.

Nos bastidores comenta que esse movimento de Mauro beneficiaria o pré-candidato Carlos Fávaro (PSD) que tem chance de assumir o cargo, caso o Senado confirme a cassação da senadora Selma. O ex-vice-governador ficou na terceira colocação na disputa a senador e, por isso, conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe garante a posse imediata.

Sobre isso, o secretário destacou que a decisão do governador não foi para beneficiar possíveis candidatos ao pleito, mas sim para atender aos interesses da população mato-grossense.

Ele ainda lembrou que a realização de uma eleição custa caro ao governo que arcar com os gastos da logística e com diárias de militares.

“Esse governo não é um governo de brincadeira. não estamos aqui para proteger candidato A, B ou C, mas o povo mato-grossense. Uma eleição custa caro, são milhões que são investidos e cada centavo faz falta para gente”, disse.

Ele ainda comentou que a decisão de adiar a eleição cabe à Justiça Eleitoral e ressaltou que o Executivo fez apenas um pedido administrativo.

O pré-candidato ao Senado, ex-governador Júlio Campos, disse que ficou surpreso com a decisão e que a medida deveria ter sido discutida entre os pré-candidatos.