França começa tratamento com plasma de pacientes curados

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Um teste clínico que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas recuperadas da Covid-19 para “pacientes em fase aguda da doença” começará em 7 de abril na França, anunciaram as instituições responsáveis ​​neste sábado (4). A França contabiliza nesta data mais de 7.500 mortos pela doença, num total de 45.000 vítimas do novo coronavírus na Europa.

“O plasma das pessoas que se recuperaram da Covid-19 contém esses anticorpos que seus corpos desenvolveram. Esses anticorpos podem ajudar os pacientes na fase aguda da doença a combater o vírus”, afirma o texto conjunto.

Este ensaio clínico, chamado de Coviplasm, será liderado pelos professores e pesquisadores Karine Lacombe e Pierre Tiberghien, e as amostras serão coletadas a partir de terça-feira (7) na região parisiense, e em Grand-Est (leste) e Bourgogne-Franche-Comté (centro), com ” cerca de 200 pacientes curados por pelo menos 14 dias”.

Pacientes curados serão convidados a doarem plasma

“Os pacientes curados da Covid-19 serão convidados pessoalmente a doarem seu plasma para a EFS”, afirma ainda o comunicado. O ensaio clínico contará com 60 pacientes de hospitais parisienses, dos quais “metade se beneficiará do suprimento de plasma convalescente”.

Uma avaliação inicial poderá ser feita entre duas a três semanas após o início do ensaio clínico, que pode ser estendida dependendo dos resultados. O EFS também procurará a presença de anticorpos contra o coronavírus “em uma amostra representativa de doadores de sangue que vêm fazer uma doação durante um período específico”, para “obter uma imagem geral da propagação do vírus na França”.

O plasma convalescente, a parte líquida do sangue que concentra anticorpos após uma doença, já provou ser eficaz, em estudos de pequena escala, contra outras doenças infecciosas como Ebola ou SARS. A agência de medicamentos dos EUA, a Food and Drug Administration, também deu luz verde para testar esse tratamento contra o novo coronavírus. Também estão sendo realizados testes na China.

 

Por – RFI