Governador critica interferência da Justiça: não é juiz quem regula as vagas de UTI

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O Governador Mauro Mendes (DEM) negou que o estado seja o novo epicentro da pandemia de Covid-19 no Centro-Oeste e criticou o excesso de pedidos judiciais para conseguir vagas em hospitais. Por outro lado, em entrevista à CNN nessa quarta (15), ainda destacou a atuação do Judiciário em decisões pelo fechamento do comércio onde o risco de contaminação é alto.

Só na última semana foram 37 liminares concedidas pelo Tribunal de Justiça (TJ-MT) para pacientes graves que precisam de leitos em UTIs, cuja ocupação passa de 98%. “Não é juiz quem regula as vagas, é médico e faz isso a partir de critérios técnicos. Não estamos escondendo vagas, não adianta forçar e estamos fazendo tudo que está ao alcance”.

Apesar do alto crescimento de casos da doença que já atinge 30 mil pessoas e fez 1.137 óbitos, o governador negou que o estado seja o novo epicentro do avanço da pandemia na região. “Isso é muito relativo, tem locais onde a situação vem piorando muito e o epicentro muda todo dia”.

Segundo Mauro, o risco alto de contaminação está nos maiores centros urbanos, especialmente a Capital, e apesar do avanço de casos no interior, considera que os municípios tem recebido orientações do estado.

“Senão vou parar o estado inteiro se em algumas cidades o risco de contaminação é baixo, tem as medidas para serem tomadas e quando a situação sai do controle, o Judiciário atua, determinando lockdown, que é um remédio amargo e necessário”.

Nas últimas semanas, o boletim diário da secretaria estadual de Saúde (SES-MT) tem divulgado a matriz de risco, em que cada município é classificado de acordo com o nível de contaminação. Os dados servem de base para a adoção de medidas previstas em decretos estaduais que vão desde a exigência do uso de máscaras pela população até o fechamento do comércio e barreiras sanitárias.

Por RDNews