Banhistas voltam a ser atacados por piranhas no Lago do Manso

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Várias pessoas têm reclamado sobre ataques de piranhas que acontecem com frequência em ilhas no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).

A empresária Jaqueline Fernandes, de 37 anos, foi uma das vítimas mais recentes. Ela relata que estava dentro da água com o namorado quando teve os dois pés mordidos pelos peixes, causando um grande ferimento. “Eu senti o primeiro ataque bem forte, mas nem imaginei que pudesse ser ataque de piranha e, de repente, o ataque foi no outro pé, e ai eu avisei minha mãe e meus filhos que tinha algo me atacando e pedi que saíssem da água, eu não conseguia nem ficar em pé”, contou a vítima.

Ela comenta que também presenciou outro ataque no mesmo dia.  “A gente estava na parte rasa e, antes de me atacar, outra criança já havia sido atacada. Ela saiu correndo e chorando do local, mas imaginamos que ela teria furado o pé”, disse.

A empresária ainda disse que o local não tem nenhuma placa de aviso sobre ataques de piranhas. O  Corpo de Bombeiros, que informou que nenhum caso desse teor foi registrado recentemente.

DEBATE NA ALMT

O assunto foi abordado na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (16). O presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (DEM), questionou sobre o sistema implantado para evitar esse tipo de acidente. Ele ainda pretende convocar representantes de Furnas para tratar do repovoamento das espécies nativas do lago.

“Essa situação lá está muito grave. O repovoamento, se foi feito, foi pífio. Gostaria muito da participação da Comissão de Meio Ambiente e dos deputados para essa discussão”, afirmou Botelho.

O deputado Allan Kardec (PDT), membro da Comissão de Meio Ambiente, disse que um Projeto de Lei foi apresentado com um novo modelo que deve disciplinar o repovoamento de espécies de peixes nativos, que possam combater as piranhas para que não aconteça mais esse desequilíbrio.