Boi, milho e soja sobem no Brasil; veja notícias desta quarta-feira

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  • Boi: indicador do Cepea renova recorde ao superar R$ 302 por arroba
  • Milho: corte menor que o esperado nos estoques gera baixas em Chicago
  • Soja: bushel volta a superar US$ 14 após quase um mês
  • Café: câmbio compensa nova queda em Nova York e arábica fica estável no Brasil
  • No exterior: mercados buscam retomar alta da semana passada
  • No Brasil: Banco Central atua no câmbio para impedir alta expressiva do dólar

Agenda:

  • Brasil: pesquisa mensal do comércio de dezembro (IBGE)
  • EUA: inflação ao consumidor de janeiro
  • EUA: posição dos estoques de petróleo (DoE)

Boi: indicador do Cepea renova recorde ao superar R$ 302 por arroba

O indicador do boi gordo do Cepea subiu 0,23% e passou de R$ 301,50 para R$ 302,20 por arroba. Dessa forma, a cotação renovou o recorde nominal histórico da série e já acumula uma alta de 13,12% neste ano.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo tiveram um dia misto. Enquanto os vencimentos para fevereiro e março tiveram preços entre estáveis e mais altos, as pontas mais longas da curva recuaram. O contrato para fevereiro ficou inalterado em R$ 299,20 por arroba, março foi de R$ 293,60 para R$ 294, e maio caiu de R$ 285,70 para R$ 284,25..

Milho: corte menor que o esperado nos estoques gera baixas em Chicago

O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe cortes menores que o esperado para os estoques de milho no país. O USDA revisou os estoques finais de 1,552 bilhão de bushels para 1,502 bilhão, número acima da expectativa de mercado, que era de cerca de 1,350 bilhão. Com isso, os contratos de milho que operavam em alta em Chicago viraram para baixa e fecharam em queda de 1,31% a US$ 5,562 por bushel.

No Brasil, o indicador do milho do Cepea mostrou recuperação após três quedas consecutivas e passou de R$ 82,69 para R$ 83,39 por saca. Em 2021, a cotação acumula uma alta de 6%. O mercado foi lento na comercialização na espera pelos dados do relatório do USDA.

Soja: bushel volta a superar US$ 14 após quase um mês

O bushel da soja negociado em Chicago subiu 1,01% e passou de US$ 13,876 para US$ 14,016. Foi a primeira vez desde o dia 15 de janeiro que a cotação fechou acima dos US$ 14 por bushel. Os preços reagiram ao relatório do USDA que mostrou projeção para os estoques finais norte-americanos passando de 140 milhões de bushels no documento anterior para 120 milhões de bushels.

A combinação de alta em Chicago e de valorização do dólar em relação ao real trouxe um cenário de preços firmes para a soja no mercado brasileiro. O indicador do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) avançou de R$ 168,91 para R$ 169,40 por saca.

Café: câmbio compensa nova queda em Nova York e arábica fica estável no Brasil

A cotação do café arábica na Bolsa de Nova York recuou 0,93% e passou de US$ 1,241 para US$ 1,2295 por libra-peso. O mercado segue travado na faixa de preços entre US$ 1,20 e US$ 1,25, monitorando a demanda global por café.

No Brasil, os preços ficaram estáveis e contaram com a ajuda do câmbio, com a moeda norte-americana operando em alta em grande parte do dia. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 660/665 por saca.

No exterior: mercados buscam retomar alta da semana passada

Após uma sequência de seis dias consecutivos positivos, os índices norte-americanos tiveram uma leve baixa nesta terça-feira, 9. Nesta quarta-feira, os futuros abrem em alta repercutindo os bons resultados de empresas de tecnologia que reportaram lucro acima do projetado pelos investidores.

O mercado acompanha agora a discussão em torno do pacote de estímulos proposto pelo presidente do Joe Biden de US$ 1,9 trilhão. O plano prevê o pagamento direto de US$ 1.400 a pessoas que ganhem até US$ 75 mil por ano.

No Brasil: Banco Central atua no câmbio para impedir alta expressiva do dólar

O Banco Central precisou atuar no câmbio para segurar a alta expressiva do dólar em relação ao real. A moeda norte-americana chegou próxima de R$ 5,45 na máxima do dia com notícias de que o governo federal e o Congresso Nacional estavam discutindo maneiras de colocar a nova rodada de auxílio emergencial fora do Teto dos Gastos.

Com o leilão do Banco Central, a subida do dólar foi mais moderada e a cotação passou de R$ 5,3726 para R$ 5,3829, fechando o dia com um avanço de 0,19%. Quanto mais a criação de novas linhas de despesa sem contrapartidas é discutida, mais pressionada fica a moeda brasileira em virtude dos riscos fiscais.

 

Por Felipe Leon, com agências de notícias