Emanuel Pinheiro corre risco de ser cassado

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Suplente de vereador por Cuiabá, Fellipe Correa (Cidadania), protocolou na manhã desta quinta-feira (21), um requerimento de abertura de comissão processante contra o prefeito afastado da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB).

O acompanharam no ato do protocolo, os vereadores tenente coronel Paccola e Diego Guimarães (Cidadania), Dilemário Alencar (Podemos) e Michelly Alencar (DEM).

Estes já se comprometeram a votar favorável ao requerimento que pode culminar na cassação do mandato de Emanuel.

A abertura da comissão, no entanto, é tida praticamente como inviável uma vez que são necessários os votos de 13 parlamentares.

Como se sabe, o prefeito afastado detém maioria na Câmara de Vereadores.

Além disso, tão logo assumiu o comando do Alencastro, o então vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) pregou um discurso de que secretários e membros da situação da Câmara de Cuiabá estão “alinhados” e com o objetivo de dar continuidade às ações implantadas na Capital.

Na prática, o discurso deixa a mensagem de que, mesmo com o afastamento, não deve haver mudanças significativas no comportamento dos membros de situação.

“Compra de apoio”

Ao protocolar o requerimento, o suplente Fellipe Correa recordou fatos contidos na decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva e que levou ao afastamento de Emanuel.

“A decisão judicial que afastou o ‘prefeito do paletó’ se fundamenta na compra do apoio de vereadores em troca da indicação de cargos temporários na Saúde de Cuiabá, conforme delatado pelo ex-secretário Huark”, alegou Correa.

“Portanto, os vereadores que votarem contra estarão assinando uma confissão de que foram e ainda são, sim, comprados por Emanuel Pinheiro”, emendou ele.

A operação Capistrum – que levou ao afastamento de Emanuel Pinheiro do cargo – desbaratou um esquema de supostas ilegalidades na Saúde do Município, entre as quais, contratações temporárias realizadas para atender a interesses políticos, sobretudo, de vereadores que compõem a base governista na Capital.

 

Por AgoraMT