Lucas do Rio Verde registra quase 200 notificações de dengue em menos de dois meses

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Profissionais da Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde passaram por uma capacitação em arboviroses, nesta terça-feira (22), com especialistas em medicina tropical. A ação integra a chamada sala de situação, realizada pela Vigilância em Saúde do Estado para analisar os respectivos cenários epidemiológicos das cidades de Mato Grosso.

A coordenadora municipal da Vigilância em Saúde, enfermeira Cláudia Engelmann, explica que o foco maior da discussão foi a dengue, como está sendo feito o acompanhamento e quais são as ferramentas usadas para combate.

“A sala de situação é uma reunião que serve para alinhar nossas metas, além do cronograma do plano de contingência à dengue”, ressaltou a coordenadora, que alerta para os números da doença em Lucas do Rio Verde.

Conforme dados da Vigilância em Saúde, de 1º de janeiro até esta quarta-feira (23), foram 199 notificações para a doença na cidade. Desse número, 127 casos apontaram como positivos, 40 seguem em investigação e 32 foram descartados. Houve ainda o registro de 10 pacientes (do total) com sinais de alerta, ou seja, que apresentaram sintomas considerados mais graves da dengue.

O médico Dalcy de Oliveira Albuquerque Filho, especialista em medicina tropical, foi um dos representantes do Estado a participar da capacitação com os profissionais do Município.

Após a reunião, os servidores do Estado foram visitar algumas unidades de saúde da cidade, como os PSFs dos bairros Pioneiro e Cerrado, além da unidade de referência para atendimentos de urgência e emergência, Pronto Atendimento Municipal (PAM).

“O objetivo da visita foi ouvir os profissionais de saúde em atuação direta no combate à dengue e as possíveis dificuldades no manejo e tratamento do paciente infectado”, completou a enfermeira, ressaltando a necessidade de prevenção da doença por parte da população.

O que é medicina tropical?
A medicina tropical é um campo da medicina que trata das doenças que ocorrem em regiões tropicais e são transmitidas por vetores intermediários, que são os insetos, os moluscos ou os vermes.

O foco da medicina tropical são as doenças infecciosas e parasitarias cuja incidência é maior nos trópicos e que costumam ser endêmicas de determinadas regiões. Entre as doenças estão incluídas a malária, doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, raiva, esquistossomose, tuberculose, febre amarela e a leptospirose, por exemplo.

Por Ascom Prefeitura/ Aline Albuquerque