Manex Silva completa a prova de 15km do esqui cross-country em Pequim 2022

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William Lucas/ANOC

Foi na raça, em uma prova que não está acostumado e no estilo de esquiar que não é o preferido dele. Apesar de todas as dificuldades, Manex Silva conseguiu completar a prova dos 15km Clássico do esqui cross-country nos Jogos Olímpicos Pequim 2022. Com o tempo de 50:35.1, pouco mais de 12 minutos atrás do primeiro colocado, o finlandês Iivo Niskanen, ele ficou em
90º lugar entre 99 atletas inscritos.

“Nessa temporada inteira não tenho ido bem nas provas de Distance (grandes distâncias), tanto em termos de resultado, quanto na sensação de não estar sendo muito competitivo. Estou rendendo mais no Sprint. Estava animado para essa prova, para dar o meu melhor, mas mesmo fazendo tudo o que eu podia, olhando para o resultado, não foi da maneira que eu esperava”, disse Manex.

O atleta voltou a ressaltar os desafios do circuito do Centro Nacional de Esqui
Cross-country, que fica a mais de 1.700m de altitude, com ventos constantes e baixas temperaturas. Para Manex, de 19 anos, a estratégia não foi suficiente.

“Eu segurei um pouco no começo para não cometer o mesmo erro do esquiatlo, de morrer logo na segunda volta. Mas mesmo me poupando um pouco no começo, não consegui abrir muito no final. Acredito que é porque essa pista é muito difícil. Sempre que tem Copa do Mundo e Mundial, as pistas são duras, mas aqui é outro nível. Tem muitas subidas e, simplesmente, não dá tempo de recuperar nas descidas”, comentou.

Essa foi a terceira prova de Manex em Pequim 2022. O atleta nascido em Rio Branco, no Acre, e que mora na Espanha atualmente, disputou o esquiatlo 15km+15km, em que foi eliminado depois de ser alcançado pelos líderes, e no Sprint, em que foi o melhor sul-americano da prova, quebrando o recorde brasileiro de pontos na modalidade em Jogos Olímpicos. Agora, ele terá o desafio dos 50km Largada em Massa, no próximo dia 19, a partir das 3h da manhã (horário de Brasília).

“Meu objetivo é largar e aguentar o quanto puder. Assim como no esquiatlo, quando a gente é alcançado pelos líderes nos 50km, tem que sair da pista e eu espero não tomar volta tão rápido. É bonito estar aqui, uma boa experiência, conhecer pessoas novas, me motivar estando perto de tantos bons atletas. Mas também é verdade que ainda não estou no nível melhores. Quero nos próximos Jogos Olímpicos estar mais próximo deles, disputando um pouco mais”, completou.

A próxima prova do esqui cross-country será inédita para o Brasil. Jaqueline
Mourão e Eduarda Ribera disputam a prova de Sprint Por Equipes, na próxima quarta-feira, dia 16, a partir das 6h (horário de Brasília).

Pequim 2022 é a nona participação brasileira em Jogos de Inverno, iniciada em Albertville 1992. Até esta edição, 35 atletas do Brasil, dez mulheres, em oito esportes (esqui alpino, bobsled, esqui cross-country, luge, snowboard, biatlo, esqui estilo livre e patinação artística), participaram da competição.

Fonte: Redação com Inf. COB
William Lucas/ANOC