Sinfra minimiza BRT nas mãos de construtora alvo da Lava-Jato

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O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, minimizou o fato de a construtora Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A, líder do consórcio vencedor para executar as obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Grande Cuiabá, tenho sido alvo no passado da Operação Lava-Jato, que apurou um escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.

“Vou ser bem claro: toda empresa que participou da Lava Jato, quando encontra um Marcelo Padeiro pela frente, fica meio preocupada. Só tenho isso a dizer”, afirmou, durante lançamento de obra de recapeamento em Várzea Grande, nesta segunda-feira (21).

“Eu não converso com empreiteiro. Empreiteiro tem que executar o serviço. Quando você vê secretário conversando muito com empreiteiro, é sinal de que algo não vai bem”, completou.

A construtora lidera o consórcio formado com as empresas Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda para execução da obra do BRT, licitada pelo Governo do Estado na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi).

A proposta feita pela empresa foi de R$ 468.031.500. Nessa modalidade, a empresa vencedora será responsável pela elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças, outorgas, aprovações e execução das obras de implantação do corredor do BRT.

Segundo Padeiro, o processo de licitação se encontra na fase de apresentação dos documentos exigidos no edital para análise e, na sequência, é feita a homologação do certame.

 

Acordo após a Lava-Jato

O antigo Grupo Engevix mudou de nome após ser alvo da força-tarefa, operando desde então sob a empresa Nova Participações. O sócio majoritário da empresa, José Antunes Sobrinho, chegou a firmar acordo de delação premiada em 2018, sendo um dos pivôs da prisão do ex-presidente Michel Temer.

Já repaginada, a construtora foi autorizada a fechar novamente contratos com o poder público após fechar um acordo de leniência com a Advocacia-Geral da União (AGU) e com a Controladoria-Geral da União (CGU), no qual concordou em pagar R$ 516 milhões.

 

A obra

No valor da obra do BRT estão inclusas as construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande.

Segundo o Governo, será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.

 

Por Midia News