Projeto Transformando Experiência em Amor acolhe pais de alunos autistas da rede municipal

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Foto: Ascom Prefeitura/Rayan Nicacio

Entender melhor as especificidades do autismo para um bom desenvolvimento da criança e construir uma base de apoio para enfrentar as dificuldades. Nestes objetivos, a Secretaria de Educação de Lucas do Rio Verde idealizou o projeto Transformando Experiência em Amor.

De acordo com a secretária de Educação, Elaine Lovatel, a iniciativa visa reunir os pais destes alunos autistas da rede municipal para uma primeira conversa, explicar os próximos passos e entrosamento.

“O projeto é uma iniciativa de proporcionar momentos de acolhimento e escuta com os pais, inicialmente. Esses círculos de conversa entre os pais e profissionais da educação foram muito significativos e sensibilizadores”, declarou a secretária de Educação, Elaine Lovatel.

O nome do projeto foi pensado a partir das iniciais da nomenclatura do transtorno do espectro autista (TEA), que se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.

Ana Cristina de Almeida Blessa, assessora pedagógica da Educação Especial, e Andreia Vitto, coordenadora do programa Anjos da Escola, estão à frente do projeto, que surgiu da necessidade de ouvir os pais e fazer das escolas municipais mais inclusivas. De acordo com Ana Cristina, aos professores, esta é uma ação que envolve formação. “No que se refere à Educação Especial, também estamos com formação para os técnicos administrativos educacionais e estagiários que acompanham estas crianças e adolescentes nas escolas municipais”, apontou a assessora pedagógica.

Hoje, estão matriculados na rede municipal 103 alunos com TEA. Neste primeiro momento, as reuniões foram com grupos de 18 famílias. A meta é atingir todas.

Adriana Lima é mãe do Dan Benício, de 4 anos. Ela e o marido perceberam no oitavo mês de idade que o filho apresentava sensibilidade à luz e diferenciação às demais crianças da mesma idade no desenvolvimento da fala e os primeiros passos, uma das limitações do transtorno.

“O Dan é um garotinho que, desde que nasceu, vem trazendo muitos desafios pra gente. Levamos em uma fonoaudióloga para investigar o que já suspeitávamos e, após diagnóstico de espectro autista, buscamos mais conhecimentos para o desenvolvimento dele”, explica Adriana.

Para a mãe do Dan Benício, que estuda na Creche Balão Mágico, a ação da Prefeitura vai somar e unir os pais nesta causa. “Acho a ideia maravilhosa. Nós, pais de crianças que têm necessidades especiais, precisamos desse olhar diferenciado, humanizado. É complicado trabalharmos isolados, sem essa visibilidade. O projeto oferece essa janela, dividimos experiências, buscamos mais informação. Um marco para a educação do município”, avalia.