No Dia da Liberdade, Zelenskiy promete vitória sobre a Rússia

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O presidente Volodymyr Zelenskiy marcou o Dia da Dignidade e Liberdade anual da Ucrânia nesta segunda-feira (21) celebrando os sacrifícios feitos pelo povo ucraniano desde a invasão russa e afirmando que seu país resistirá e prevalecerá.

Em um discurso em vídeo à nação, Zelenskiy elogiou as contribuições feitas pelos ucranianos – de soldados, bombeiros e médicos a professores que dão aulas online, aldeões cozinhando para os militares, alfaiates costurando uniformes e agricultores arando seus campos apesar do risco.

Ele saudou sua determinação, apesar dos frequentes ataques de mísseis, destruição em larga escala, escassez e blecautes contínuos no inverno, quase exatamente 9 meses desde a invasão da Rússia.

“Podemos ficar sem dinheiro, sem gasolina, sem água quente, sem luz, mas não sem liberdade”, disse Zelenskiy em um discurso que fez de pé em uma sala ornamentada no palácio presidencial na capital Kiev.

O Dia da Dignidade e da Liberdade marca os protestos pró-União Europeia de 2013/2014, que ficaram conhecidos como a Revolução da Dignidade, e a Revolução Laranja de 2004. Em ambas as revoluções, a liderança da Ucrânia foi derrubada.

Destacando a rebeldia dos ucranianos, o vídeo de Zelenskiy incluiu trechos do discurso feito há 1 ano, quando ele usava terno e gravata. Este ano ele vestiu a camiseta cáqui que se tornou sua marca registrada durante a guerra.

“O que mudou desde então (1 ano atrás)? Muito. Crateras apareceram em nossa terra. Há bloqueios de estradas e barricadas antitanque em nossas cidades e vilas. Pode estar escuro em nossas ruas. Pode estar frio em nossas casas”, disse Zelensky.

“Há muitas mudanças, mas não mudaram o mais importante. Porque o mais importante não está do lado de fora, mas do lado de dentro. E permanece inalterado. E é por isso que vamos resistir. ”

Ele disse que no futuro os ucranianos se reunirão na Praça da Independência, de Kiev, que foi central para os eventos de 2013/14 e 2004, “onde celebraremos o Dia da Vitória da Ucrânia. Em uma Kiev pacífica, em uma Ucrânia pacífica”.

Fonte: Pavel Polityuk – Reuters – Kiev