CORRUPÇÃO – Mais uma operação policial na gestão de Emanuel em Cuiabá

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O simbolo da CORRUPÇÃO  e DESCASO assim é conhecida a gestão, se é que dá para chamar assim, como Prefeito de Cuiabá.

Desde o início do primeiro mandato em 2017, a gestão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, já foi alvo de 12 operações policiais por suspeitas de desvio de dinheiro público. Dessas, nove foram na Secretaria Municipal de Saúde.

 

A gestão do emedebista também teve sete secretários afastados, sendo três da Saúde. O próprio Emanuel chegou a ser afastado do cargo.

A última operação ocorreu nesta quinta-feira (9). Denominada Hypnos, a ação da Polícia Civil prendeu o ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues. Ele já havia sido preso pela Polícia Federal, em outubro de 2021, na Operação Curare.

Desta vez, Célio é acusado de ter desviado mais de R$ 1 milhão por meio da compra de medicamentos que, segundo a Polícia Civil, jamais deram entrada no estoque da Empresa Cuiabana de Saúde Pública no ano de 2021.

O esquema criminoso teria sido articulado por meio da contratação da empresa Remocenter Serviços Médicos, que segundo a Polícia Civil, é fantasma e tem “laranjas” como sócios administradores.

 

Veja outras operações deflagradas na gestão Emanuel: 

 

Sangria I e II

Deflagradas entre 2018 e 2019 pela Polícia Civil, as duas fases da Operação Sangria investigaram supostas fraudes nos contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações com o município de Cuiabá e o Estado.

O esquema, segundo as investigações, era liderado pelo então secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correa, que foi afastado do cargo e preso na época.

Também foram presos Luciano Correa Ribeiro; Fábio Liberalli Weissheimer e sua mãe Celita Natalina Liberalli; Adriano Luiz Sousa;  Kedna Iracema Fonteneli Servo; Fabio Alex Taques Figueiredo e Flávio Alexandre Taques da Silva.

As investigações apontaram que o grupo monopolizou os serviços da Saúde no Estado há 14 anos, por meio de influência política e econômica, oferecendo propinas, fraudando processos licitatórios e superfaturando contratos administrativos.

 

Overlap I e II

As duas fases da Overlap foram deflagradas em 2019 pela Polícia Civil e tiveram como alvos o secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos, e o secretário de Comunicação do Município, Rafael Cotrim. Os dois foram afastados dos cargos na época.

Segundo as investigações, eles teriam fraudado uma licitação de R$ 2 milhões através da contratação de uma empresa na Secretaria de Comunicação que era ligada a Vieira.

 

Overpriced I e II

 

A “Overpriced” I e II  foi deflagrada em 2020 pela Polícia Civil e teve como alvo principal o então secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, que também foi afastado do cargo.

As investigações apontaram superfaturamento nas licitações realizadas para aquisição de medicamentos em plena pandemia da Covid-19.

Somente na compra do remédio Ivermectina, foi detectado um sobrepreço de mais de 459%.

A constatação foi embasada em levantamento feito na plataforma DenaSus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) do Ministério da Saúde.

 

Sinal Vermelho

A Operação Sinal Vermelho foi deflagrada em 2021 pela Polícia Civil e afastou o secretário de Mobilidade Urbana, Antenos Figueiredo, por fraude na aquisição de semáforos inteligentes.

Ele é suspeito de desviar dinheiro público do contrato firmado entre a Pasta e a empresa Semex no valor de R$ 15,4 milhões.

A Prefeitura teria tido prejuízo de, pelo menos, R$ 553,8 mil.

 

Curare I e II

Foi nesta operação que ocorreu a primeira prisão do ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues. Deflagradas em 2021 pela Polícia Federal, as duas fases da operação investigou uma suposta organização criminosa que atuaria desviando recursos da Saúde por meio de prestação de serviços em leitos de enfermaria e UTI para Covid-19.

Também foram presos os sócios de Célio, os empresários Paulo Roberto de Souza Jamur e Liandro Ventura da Silva.

As investigações apontam que empresas foram contratadas pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública e a Secretaria Municipal de Saúde por meio de contratos com inúmeras ilegalidades, incluindo sobrepreço.

Segundo a Polícia Federal, existem fortes indícios de que Célio Rodrigues e Paulo Jamur também são sócios ocultos na empresa Cuyabana Cervejaria Artesanal Ltda, que e pode ter sido adquirida para “lavar dinheiro” do grupo.

 

Colusão

Também deflagrada em 2021 pela Polícia Federal, a Operação Colusão investigou supostas fraudes em processos licitatórios da Secretaria de Saúde no montante de R$ 1.998.983,37.

De acordo com a PF, os processos investigados referem-se à aquisição de materiais de consumo hospitalar e equipamentos de proteção individual (EPIs) para suprir as necessidades da rede municipal no combate à Covid-19.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estavam a sede da Pasta e da empresa MT Pharmacy. O ex-secretário Luiz Antônio Pôssas de Carvalho também foi alvo.

 

Capistrum

A Operação Capstrum foi deflagrada em outubro 2021 pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil. Na ocasião foram cumpridos mandados de afastamento do cargo de Emanuel, do seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, e da secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza. Monreal Neto chegou a ser preso.

Ainda foram alvos a primeira-dama Márcia Pinheiro e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.

Todos tiveram suas residências vasculhadas pela Polícia e seus bens sequestrados até o montante de R$ 16 milhões.

As investigações apontaram que Emanuel teria feito mais de 3.500 contratações temporárias só na Secretaria de Saúde, a maioria ilegais, com pagamentos de “prêmio saúde” (também chamados de “mensalinhos”) de até R$ 5,7 mil, para acomodar e atender compromissos de aliados políticos, principalmente vereadores.

 

Fake News

A operação, também deflagrada em 2021 pela Polícia Civil, eteve entre os alvos o irmão do prefeito, o empresário Marco Polo Pinheiro, o “Popó”, e os ex-servidores da Prefeitura, William Sidney Araújo de Moraes e Luiz Augusto Vieira Silva, o Guto.

Eles são acusados de realizar ataques ofensivos, propalar fakes news, há pelo menos um ano, de modo reiterado, contra empresários, servidores e agentes públicos de Mato Grosso.

As investigações apontam que entre as vítimas estão o governador Mauro Mendes (União), o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, e a primeira-dama Virgínia Mendes.

 

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO / Midia News