Com emendas liberadas, governo canta vitórias no Congresso

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente teve uma semana de “respiro” no Congresso Nacional, com a aprovação de matérias de interesse da gestão federal.

A situação favorável chega após semanas de instabilidade na articulação política — sobretudo na Câmara dos Deputados —, derrotas em votações importantes (como o marco temporal das terras indígenas) e pressão para trocas ministeriais.

Ao longo da semana, Lula conseguiu garantir a aprovação do nome de Cristiano Zanin para ocupar um dos cargos de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado passou com folga pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Casa Alta.

O Senado também aprovou o marco fiscal, a maior das prioridades econômicas do governo federal neste início de mandato. O texto sofreu mudanças promovidas pelo relator Omar Aziz (PSD-AM) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), antes de ser acatado em plenário.

Liberação de emendas

A tranquilidade no Congresso, no entanto, ocorre após o pagamento de R$ 2,4 bilhões em emendas somente no início de junho. O valor chama a atenção, se comparado aos valores liberados nos últimos meses: a soma dos pagamentos de março, abril e maio não ultrapassou R$ 27 milhões.

O montante contemplou partidos que se mostraram insatisfeitos com o governo – como o União Brasil, que pressiona Lula para uma troca no Ministério do Turismo e por mais protagonismo na Esplanada dos Ministérios. A sigla quer que o deputado Celso Sabino (União-PA) ocupe o lugar de Daniela Carneiro na pasta.

A liberação de emendas fez o União Brasil subir para o quarto lugar no ranking de partidos mais contemplados pelos recursos. O governo pagou R$ 224 milhões em indicações feitas pela legenda; desse total, há R$ 177 milhões oriundos de pedidos da Câmara, e R$ 46 milhões, do Senado.

Por Metrópoles