Federação espanhola fará reunião urgente sobre escândalo do beijo

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A federação espanhola de futebol fará na segunda-feira (28) uma reunião de emergência em um momento de muitas críticas e uma suspensão da Fifa ao presidente da entidade, Luis Rubiales, após ele roubar um beijo na boca de uma jogadora quando a seleção feminina venceu a Copa do Mundo.

Rubiales se recusou a renunciar devido ao incidente no último domingo com a jogadora Jenni Hermoso, em Sydney, alegando que o beijo foi consensual.

Jogadoras e a comissão técnica da seleção feminina, no entanto, querem sua saída, algo que tem apoio do próprio governo.

A  Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol) convocou as afiliadas regionais para uma reunião “extraordinária e urgente” para “avaliar a situação na qual a federação se encontra” após a suspensão de Rubiales, afirmou neste domingo um porta-voz da entidade.

A Fifa, órgão máximo do futebol mundial, abriu um processo disciplinar contra Rubiales na quinta-feira e anunciou no sábado que ele havia sido suspenso por três meses das atividades futebolísticas nacionais e internacionais enquanto se aguarda uma investigação.

Rubiales, de 46 anos, disse que usaria a investigação da FIFA para mostrar sua inocência.

Rubiales jogou na segunda divisão espanhola na maior parte de sua carreira de 12 anos. Quando foi eleito para a presidência da federação, prometeu modernizá-la e torná-la mais transparente.

Hermoso disse que o beijo não foi consensual e que “se sentiu vítima de uma agressão”. Ela foi aplaudida pela multidão ao ser vista em um camarote na final da Copa das Mulheres, entre Atlético de Madri e Milan, no sábado.

Jogadoras carregaram uma faixa que dizia: “Estamos com você, Jennifer Hermoso”.

Andrés Iniesta, autor do gol do título mundial masculino na Copa do Mundo de 2010, disse aos seus 42,9 milhões de seguidores do Instagram que, “como pai de três meninas, como marido e jogador”, o comportamento de Rubiales “estava prejudicando a imagem do nosso país e do nosso futebol em todo o mundo”.

Fonte: Graham Keeley – Repórter da Reuters – Madri