A Câmara Municipal recebeu, nesta quinta-feira, a diretora do Hospital São Lucas, Gabriela Refatti. A gestora respondeu a diversos questionamentos feitos pelos vereadores Daltro Figur, Márcio Albieri, Ideiva Foletto, Gilson “Urso” e Wagner Godoy. Além disso, também detalhou os investimentos que estão sendo feitos na unidade, as prestações de contas e os planos para que o hospital seja certificado como de ensino pelo Ministério da Educação.
“É papel do vereador fiscalizar os contratos celebrados entre a prefeitura e prestadores de serviço e entidades filantrópicas e sociais. Temos que saber para onde vai o dinheiro público. A prefeitura paga esse convênio, facilitando a vida do cidadão luverdense. E a gente recebe as críticas e os elogios. As críticas nos preocupam. Pedimos a presença da diretora e ela prontamente nos atendeu. Foi muito prestativa e forneceu todas as informações que a gente tinha dúvida”, afirmou o presidente em exercício, Daltro Figur.
Aos parlamentares, Gabriela explicou que o hospital possui duas auditorias e é acompanhado de perto por órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público do Estado (MPE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Existem duas prestações de contas: a nossa e a independente. E o MPE analisa as duas. O processo do hospital é mais seguro que o público, porque respondemos a mais órgãos fiscalizadores. A auditoria externa nem fala com a gente. Eles olham o sistema, o almoxarifado, a farmácia, prontuários, tudo. E fazem os pareceres para os órgãos”.
A gestora também revelou que o São Lucas iniciou os trâmites para conseguir a certificação de hospital de ensino. Na próxima semana, técnicos do Ministério da Educação devem visitar a unidade. “O hospital escola é só um título, no sentido de algumas responsabilidades. É uma questão social e possibilidade de recursos via Ministério da Saúde por atingirmos os objetivos das certificações. A gente poderá pedir recursos para laboratórios e infraestrutura, porque teremos alunos. Não são recursos só da Saúde, mas da Educação também. Então, abre portas para novos projetos e parcerias com as instituições de ensino”, comentou.
Outro assunto abordado foi o contrato de gestão entre o hospital e a Prefeitura de Lucas, que vence em novembro. “Estamos conversando para fazer alguns ajustes. Nada relacionado a valores. Hoje, a gente faz em torno de 800 a 850 cirurgias por mês. Em sua maioria, para o nosso município. Nossa resolutividade é muito grande. A gente encaminha poucos pacientes para outros hospitais, que até poderia atender, mas é tudo feito via sistema de regulação”.
Com 520 trabalhadores ativos, o Hospital São Lucas também enfrenta dificuldades para contratar mão de obra, segundo a diretora. “Estamos com vaga para auxiliar financeiro, para auxiliar contábil, auxiliar administrativo e enfermeiro auditor, pois não temos especialista. A execução a gente cumpre e faz a mais. Tudo que a regulação pede, a gente cumpre. Mas pecamos, às vezes, no processo administrativo de fazer o prontuário chegar pronto, no tempo certo”, resumiu.
Na avaliação de Daltro, a reunião foi produtiva. “A gente colocou algumas reivindicações para melhorar o atendimento dentro do hospital. Sabemos que o serviço de saúde é muito complexo porque, às vezes, a pessoa doente não consegue ter muita paciência, então, por isso, surgem muitas críticas. Mas a gestora deixou bem claro como funciona o processo e estamos felizes pela visita. Temos as prestações de contas, e o Ministério Público ajuda a fiscalizar o hospital, além de duas auditorias para dar transparência”, concluiu.