A energia, que é um item que tem peso importante no cálculo da inflação e também no orçamento das famílias, deve pesar ainda mais no bolso do brasileiro no ano que vem.
De acordo com cálculos da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia, as tarifas devem aumentar, em média, em todo o país, de 6,6%, podendo chegar a 10,4%, dependendo do resultado de discussões jurídicas sobre créditos de impostos que têm sido usados para segurar os reajustes.
De todo modo, é um reajuste maior do que a inflação prevista para este ano, que é de algo em torno de 4,5%.
E a principal razão para o aumento nesse patamar, diferente de anos anteriores, não é a crise hídrica.
Os reservatórios das hidrelétricas estão cheios – atingiram o maior volume dos últimos 14 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O que vai pressionar o custo da conta de luz, no ano que vem, são os subsídios que as distribuidoras acabam rateando entre todos os consumidores.
Ou seja, as empresas concedem benefícios a alguns grupos de consumidores, mas os demais acabam pagando a conta.
É importante ressaltar que não há uma tarifa única de energia no país e, portanto, nem de reajuste.
As tarifas e os reajustes variam conforme a distribuidora que atende cada região.