Com estoques abarrotados, o preço do milho tem queda em janeiro

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Durante o mês de janeiro, o mercado brasileiro de milho apresentou um cenário de intensa queda nos preços, conformemente relatado pela Safras Consultoria. Esse declínio encontra-se associado a um aumento de oferta por parte dos produtores que, desejando liberar espaço nos armazéns, destinam-se a armazenar soja da safra anterior e da produção de verão recentemente colhida.

Esse movimento de oferta adicional impeliu uma pressão descendente nos preços nos mercados regionais. Observou-se que a atividade comercial, outrora vigorosa no alvorecer do ano, teve sua intensidade reduzida, dado que os consumidores lograram estabelecer estoques satisfatórios, levando a um arrefecimento nas compras em semanas recentes. Analistas da Safras & Mercado apontam que a persistência de especulações mercadológicas poderá vir a exercer ainda maior pressão sobre os preços a curto prazo.

Preços do milho em janeiro

  • Média nacional: R$ 58,82 (queda de 15,61% em relação a dezembro)
  • Cascavel (PR): R$ 57 (queda de 12,31%)
  • Campinas/CIF: R$ 65 (queda de 16,67%)
  • Mogiana paulista: R$ 62 (queda de 17,33%)
  • Rondonópolis (MT): R$ 45 (queda de 18,16%)
  • Erechim (RS): R$ 58 (queda de 19,44%)
  • Uberlândia (MG): R$ 60 (queda de 20%)
  • Rio Verde (GO): R$ 57 (queda de 12,31%)

No âmbito internacional, manteve-se a tendência de baixa para o milho na Bolsa de Chicago, fulcrada na expectativa de ampliação da oferta global, influenciada pelas condições climáticas propícias na Argentina e a normalização das chuvas no Brasil.

Quanto às exportações de milho do Brasil, registrou-se uma entrada de US$ 1,075 bilhão em janeiro, baseando-se em 19 dias úteis, o que configura uma média diária de US$ 56,585 milhões. A quantidade exportada pelo país ascendeu a 4,593 milhões de toneladas, com uma média diária de 241,737 mil toneladas e um preço médio por tonelada situando-se em US$ 234,10.

Em comparação a janeiro de 2023, observou-se uma retração de 29,4% no valor médio diário das exportações, uma diminuição de 13,3% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 18,6% no preço médio da tonelada.