“SEM TER O QUE FAZER” – MPF recorre para tentar proibir escolas militares de exigirem corte de cabelo e cor de esmalte

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Atenção! A Procuradoria da República no Acre está na vanguarda do combate contra o terrível crime de ditar como os jovens devem parecer! É um verdadeiro escândalo que escolas militares estejam tão obsessivamente preocupadas com a cor da unha e o penteado dos alunos. Porque, obviamente, todos sabemos que o tamanho das unhas tem um impacto direto na capacidade de absorver o Teorema de Pitágoras, certo?

Com suas normas rígidas dignas de um desfile de moda do exército, esses colégios estão pisando na passarela da controvérsia. Disseram não à maquiagem extravagante, ao acessório do momento, às tatuagens reveladoras e até mesmo à ousada escolha da cor do esmalte. É praticamente um Fashion Week camuflada em disciplina escolar!

Mas o Ministério Público Federal não está aqui para brincadeira. Eles argumentam, talvez enquanto escondem sua própria cor de esmalte favorita, que essas exigências estéticas são como um batom mal aplicado na face da liberdade de expressão e do direito à intimidade dos estudantes. Quem sabia que unhas e cabelos eram tão politizados?

A ação inicial, lançada com a sutileza de uma bomba fumaça em julho passado, veio após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dar um tchauzinho para o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Mas como qualquer bom episódio de novela, houve um revés na primeira instância.

Entretanto, em setembro, a juíza Luzia Farias da Silva Mendonça olhou para essas regras e basicamente disse: “Meh, não vejo crise.” Em uma decisão de moda que talvez nem a Vogue faria, ela alegou que mudar as normas no meio do desfile escolar, ops, ano letivo, traria mais transtornos do que aplicar um gloss no escuro.

Contudo, a Procuradoria da terra dos seringais, defende em seu recurso que é urgente mudar o dress code pois está prejudicando alunos que estão simplesmente arrasando na passarela das minorias étnico-raciais, religiosas e na categoria gender-bender.

Segundo o procurador Lucas Costa Almeida Dias, o impacto dessas restrições estéticas é tipo um sapato apertado demais para alguns, especialmente para as pessoas pretas e pardas, as com deficiência, e a comunidade LGBTQIA+, o que torna o código de vestimenta um “racismo institucional” com o glamour de um uniforme engomado.

Claro que, não satisfeitos em causar frisson apenas no Acre, a Procuradoria quer que seu strike de estilo tenha efeito em todo o território nacional. Porque, no fim das contas, é isso que está em jogo: a chance de um aluno desfilar sua verdadeira identidade no corredor da escola, respondendo à chamada com um rotundo “Presente, e estiloso!”