Lula chama atenção de Alckmin e Haddad pela falta de articulação política

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No cenário político atual, as estratégias de poder e articulação encontram-se mais uma vez sob os holofotes, após pronunciamentos enfáticos de Lula, o Presidente da República. Em meio às cerimônias oficiais, as festividades deram espaço para uma exposição de descontentamentos e exigências diretas, sinalizadas na abertura do programa ‘Acredita’, que versa sobre a renegociação de dívidas. Lula, conhecido por sua habilidade política de outrora, não poupou suas críticas ao que parece ser uma falta de sincronia entre seus ministros e o Poder Legislativo.

A necessidade de uma maior interação entre Executivo e Congresso foi o cerne de seu discurso. Ao dirigir a palavra a figuras chave do governo, o presidente foi incisivo:

“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, manifestou-se Lula, cobrando um maior engajamento em prol da articulação política.

Nominalmente, apontou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Educação Fernando Haddad como figuras essenciais nessa empreitada de diálogo interinstitucional. Da mesma forma, a menção a Rui Costa, ministro da Casa Civil, e Wellington Dias, da pasta de Desenvolvimento e Assistência Social, não deixou dúvidas de que a orientação é para uma presença mais ativa de toda a equipe governamental.

Em um contraponto ao Executivo, destaca-se a figura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que recentemente tensionou o clima palaciano com críticas ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e tal descontentamento reverberou nas altas esferas do governo. Tais declarações assinalam o desafio constante de harmonia nas relações intergovernamentais, um debate que promete se estender.

Diante dessa perspectiva conturbada, Lula adotou uma medida emergencial, convocando uma reunião na última sexta-feira com seus ministros e prepara-se agora para um diálogo direto com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Estes encontros são cruciais para mitigar as críticas e estabelecer um caminho mais produtivo com o Legislativo, reiterando assim o jogo de influência e poder que permeia a política nacional.

Fonte Terra.com.br