No Governo do PT, a Lava Jato que prendeu políticos, incluindo atual presidente, passa a sentar no Banco dos Réus

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Operação Lava Jato em Julgamento: O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) convocou uma sessão nesta terça-feira, 16, para deliberar sobre condutas questionadas de figuras-chave da infame Operação Lava Jato. O ponto focal das discussões será a 13ª Vara Federal de Curitiba, palco inicial da maior ofensiva contra a corrupção no Brasil. Em pauta, está a ratificação ou revogação dos afastamentos da juíza Gabriela Hardt, sucessora do agora senador Sergio Moro, bem como de três membros do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

À beira do julgamento, decisões emitidas pelo corregedor Luís Felipe Salomão acenderam um estopim de oposições entre juízes federais, provocando uma paralisação no estado do Paraná em sinal de protesto. Entre as figuras do TRF-4 afetadas pelas medidas estão o juiz Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores De Lima, indicados por alegado inobservância sistemática de diretrizes do STF.

A conduta do ex-juiz e atual senador Sergio Moro, então responsável pela Lava Jato no seu auge, é elemento importante no processo. Investigado juntamente com Gabriela Hardt, Moro não foi afetado pelas medidas cautelares recentes, já estando fora do judiciário. Conforme Salomão, as ações de Moro serão avaliadas pelo CNJ em sua substância.

O escopo do julgamento se estende para além dos afastamentos. O CNJ deve discutir possíveis sanções aplicáveis aos magistrados, fundamentadas em eventuais transgressões detectadas na operação. O leque de penalidades abrange advertências leves até possíveis demissões, colocando em balance, assim, não apenas o futuro jurídico dos envolvidos mas também o legado de uma das operações mais polêmicas da história recente do país.