A farmacêutica AstraZeneca anunciou recentemente a descontinuação da produção de sua vacina contra a Covid-19. A decisão foi influenciada pelo desenvolvimento de novas vacinas adaptadas às variantes do vírus e pelo surgimento de um excedente de doses. Conforme divulgado pelo jornal britânico The Telegraph e confirmado pela Folha de S.Paulo, a redução na demanda pela vacina original levou a essa decisão estratégica.
Em comunicado oficial, a AstraZeneca destacou o impacto positivo de sua vacina na luta contra a pandemia, citando que, no seu primeiro ano de uso, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas. Além disso, a empresa distribuiu mais de três bilhões de doses globalmente, o que foi essencial para conter a disseminação do vírus.
A empresa também fez referência a um recente desafio de comunicação enfrentado no Brasil. Documentos judiciais vazados sugeriram um efeito colateral raro da vacina, provocando preocupações. No entanto, o Ministério da Saúde brasileiro esclareceu que esse efeito adverso, conhecido como trombose com trombocitopenia, é extremamente raro, ocorrendo em menos de um caso a cada 10 mil doses.
Esses eventos foram avaliados pela Agência Europeia de Medicamentos em 2021, que concordou que tais casos deveriam ser listados como efeitos colaterais muito raros da vacina. Localmente, a Fiocruz, que produzia a vacina AstraZeneca no Brasil, reiterou que os efeitos adversos são extremamente raros e possivelmente vinculados a fatores de risco individuais.
O encerramento da produção pela AstraZeneca marca uma nova fase no enfrentamento da pandemia, com a farmacêutica planejando colaborar com órgãos reguladores e parceiros para gerenciar a transição enquanto continua contribuindo para a saúde global.
Credito Foto : Agencia Brasil
