Lula, não respeita a Lei, pede voto a Boulos em evento mixuruca, organizado pelas centrais sindicais para comemorar o 1º de maio

0
87

Lula ignora limites eleitorais em apoio antecipado a Boulos

No bastidor fervilhante da política brasileira, uma jogada ousada tomou forma no estádio do Corinthians, palco tradicionalmente associado com futebol, mas que na última celebração do 1º de Maio encontrou novo uso: a arena política. Um evento organizado pelas centrais sindicais, destinado a celebrar o Dia do Trabalhador, rapidamente se transformou em cenário de campanha eleitoral antecipada, protagonizada pela figura polarizadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do emergente Guilherme Boulos, do PSOL.

Diante de um público cativo, Lula fez pouco caso das restrições eleitorais, declarando explicitamente seu apoio a Boulos, que ainda ostenta o título de pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. A lei eleitoral em vigor proíbe tais manifestações prematuras de suporte, destinadas a preservar a equidade na disputa eleitoral, mas tais normas não pareceram pesar no espírito do evento. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”, declarou Lula, num tom que mais se assemelha a um comício que a um simples discurso.

Tais ações não passaram despercebidas pelas figuras de oposição. Adversários políticos, incluindo o atual prefeito Ricardo Nunes do MDB, apontaram rapidamente o dedo para os descompassos legais da ação. O MDB já sinalizou que buscará reparo judicial, almejando que tanto Lula quanto Boulos sejam sancionados com multas que podem oscilar entre R$ 5 mil a R$ 25 mil. Ademais, há indícios de investigações sobre os recursos despendidos no evento, aguçando as tensões políticas na metrópole paulista.

Em reação, a coordenação da pré-campanha de Boulos retorquiu, acusando Nunes de utilizar eventos oficiais e recursos públicos para promover sua própria reeleição, uma estratégia que, se confirmada, espelha as acusações feitas ao próprio Boulos e Lula.

Adicionalmente, o evento se caracterizou pela distribuição de material impresso, com jornais louvando Boulos e criticando Nunes. Essas publicações parecem apenas inflamar a já acalorada arena política de São Paulo, antecipando um ciclo eleitoral que promete ser tudo, menos tedioso.

Neste jogo de xadrez político, onde cada movimento é meticulosamente calculado, Lula e Boulos parecem apostar alto, talvez demasiadamente. Resta ver se a estratégia provará ser um xeque-mate ou um tiro que sairá pela culatra, especialmente com a justiça eleitoral de olho.