Ulysses destrói esforço contra Covid para ter like nas redes sociais, afirma Dilmar

0
66

A provocação do governador Mauro Mendes (DEM) para que a Assembleia tome medidas quanto às falas do deputado estadual Ulysses Moraes (PSL) não deve resultar em procedimento junto ao Conselho de Ética do Legislativo. Apesar de criticar a postura do colega, o líder do governo na AL, Dilmar Dal Bosco (DEM), lembra que a imunidade parlamentar permite ao deputado se manifestar sobre o assunto.

Ronaldo Mazza

Dilmar Dal Bosco

Apesar de criticar Ulysses, Dilmar não acha que é caso para Comissão de Ética

“Ninguém vai fazer suspensão dele (Ulysses), mas vamos fazer a defesa política do governo. É um momento difícil de enfrentamento à Covid-19, os deputados deviam se unir pela causa que é de saúde pública e o deputado Ulysses fica destruindo o esforço para ganhar like nas redes sociais e seguidores”, disparou Dilmar.

Ele reconhece que Ulysses tem a prerrogativa de falar, mas afirma que “pegou mal” entre os deputados da base o pronunciamento do colega que pediu até a prisão do secretário de saúde Gilberto Figueiredo. A polêmica começou na semana passada quando o deputado questionou a “ausência” de 30 mil doses na documentação.

Ele não aceitou a versão do Palácio Paiaguás e prometeu levar o caso ao Ministério Público Estadual (MPE). De acordo com Ulysses, do total de distribuição das 126.160 doses da CoronaVac que chegaram, no primeiro lote constariam 91.762 doses, restam 34.398 doses que não teriam sido distribuídas.

Ontem (2), o governador classificou o assunto como “mentira deslavada” e cobrou de deputados para que tomem providências junto à Comissão de Ética sob o risco da AL virar “casa de mentirosos”.

A Comissão de Ética da AL é acionada somente quando há denúncias concretas a serem investigadas. A última vez que foi acionada, há 4 anos, o corregedor à época Saturnino Masson (falecido em 2021), instaurou investigação contra os deputados citados pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido) quanto ao recebimento de propina. Mas, não houve punições sobre o fato.

 

Por RDNews