Petrobrás : Veio a tona a verdade, a ordem de reter os dividendos veio de Lula

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Jean Paul Prates, Presidente da Petrobras, utilizou as redes sociais nesta quarta-feira para enfrentar indagações acerca da atuação da empresa estatal, referentes à recente decisão do Conselho de Administração de reter dividendos extraordinários. Tal medida, conforme expressa por Prates, vem por direção do Presidente da República e seus assessores principais.

A alegação de “intervenção” na Petrobras, segundo Prates, constituiria um ato de gerar divisões, especulação e desinformar o público. Em seus termos, a reação nervosa do mercado foi em resposta à decisão de reter tais dividendos, adotando uma estratégia de adiamento e reserva.

Com o anúncio feito na semana anterior, de segurar os dividendos extras, o mercado demonstrou desapontamento, levando a Petrobras a uma perda acentuada em valor de mercado na sexta-feira, dia 8, reflexo dos temores relacionados à possibilidade de interferência política da administração atual do governo sobre a estatal. Por sua vez, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que a Petrobras não deve se prender unicamente aos interesses dos acionistas, mas também contemplar investimentos futuros.

Prates discorreu sobre a importância de reconhecer a natureza da Petrobras como uma corporação de capital misto sob o controle do Estado Brasileiro, enfatizando que tal controle, exercido pela maioria do Conselho de Administração, é um ato de soberania nacional e não configura intervenção. Ele também apoiou a unidade de conselheiros indicados pela União e os representantes dos trabalhadores na decisão contrária ao pagamento dos dividendos extraordinários, com exceção de sua própria posição de abstenção depois que a proposta de sua diretoria de pagar metade e reter metade foi descartada pelo conselho.

Ao defender a postura do Conselho de Administração (CA), Prates reiterou a legitimidade da influência exercida pelo Presidente da República e ministros sobre as resoluções tomadas acerca do pagamento dos dividendos extraordinários.

Encerrando sua declaração, Prates enfatizou a necessidade de aceitação da dinâmica corporativa de uma empresa de capital misto controlada pelo Estado como algo distinto de intervenção indevida. Ele convocou a razão e a eficiência na execução do Plano de Investimentos de médio prazo, no valor de meio trilhão de reais, visando ao impulso de emprego, renda, pesquisa e tributação, assim como lucros e dividendos proporcionais aos resultados e aspirações da Petrobras.