Confira 4 dicas para aprender a comprar o protetor solar corretamente

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Independentemente de ficar em casa ou se expor ao sol, os dermatologistas compartilham de uma opinião unânime: use filtro solar. Mas, a dúvida que não quer calar: todo protetor faz bem à pele? A resposta é não! Na maioria das vezes, quando se decide comprar o produto, um dos fatores levados em consideração está relacionado à aplicação. Quanto mais fácil de passar, melhor. Entretanto, vale abrir o olho em outros quesitos: os componentes.

Ler o rótulo do protetor parece uma missão impossível. São tantos nomes complicadíssimos que desistir e aceitar os ingredientes aparenta ser mais fácil. Site de bem-estar e lifestyle fundado por Gwyneth Paltrow, o Goop elencou os motivos para ficar atento na hora de adquirir um filtro solar. Embalagens que trazem a mensagem “fórmula mineral” tendem a ganhar o cliente. Contudo, é a hora de abrir o olho.

De acordo com o Goop, os protetores minerais com zinco e dióxido de titânio na composição são considerados os mocinhos da vez. Esses produtos bloqueiam fisicamente as radiações UVA e UVB ao ficarem sobre a pele. Já os filtros químicos absorvem os raios do sol. Ao saber da informação, parece que a missão de comprar a fórmula ideal atingirá um novo nível de dificuldade.

Ingredientes ativos

Protetores minerais trazem na composição zinco e dióxido de titânio. Ao analisar o rótulo ou descrição do produto em e-commerces, desconfie do termo “à base de minerais”, pois as duas substâncias foram misturadas a filtros solares com composição química. Certifique-se também de que a fórmula não contém ingredientes tóxicos, ou seja, palavras derivadas de parabenos, fragrâncias, ftalatos e lauril sulfato de sódio.

JGI/Jamie Grill/Getty ImagesMulher com protetor solar
Vale aprender a “ler” a embalagem dos produtos para analisar se há substâncias prejudiciais à pele

Resistência à água

Filtros solares só podem ser considerados resistentes à água apenas se for submetido a um teste de 40 a 80 minutos. Nos casos que essa funcionalidade não for declarada na embalagem, é bem provável que o produto saia ao longo do contato com água ou suor. Por isso, só leve para casa protetores com o tempo descrito.

Henrik Sorensen/Getty ImagesMulher com protetor solar
Não esquecer de verificar se o filtro solar é resistente à água

Espectro amplo

Escolher um filtro de espectro amplo é fundamental para proteger de forma eficaz a pele contra a radiação solar. Em outras palavras, significa que a fórmula funciona como uma barreira ao impedir a absorção dos raios ultravioleta pela cútis. Dermatologicamente, os mais nocivos são o A e V.

No Brasil, a informação do espectro amplo aparece como “proteção UVA e UVB” na embalagem. Essa função previne a pele da atuação de radicais livres (agentes danosos) e das luzes visível e infravermelha, ambas relacionadas ao envelhecimento precoce.

Alerta!

Depois de ler os três tópicos anteriores, ficou o questionamento: por que protetores solares químicos não são bons? Segundo o Goop, esses produtos empregam uma combinação potente de substâncias, como oxibenzona, octinoxato, homossalate, octisalato, avobenzona e octocrileno. Grande parte dos componentes atuam como desreguladores do sistema endócrino.

Uma pesquisa da Food and Drug Administration (FDA) mostrou que as substâncias perigosas contidas nos filtros solares permanecem no sangue por até sete dias após o uso do produto. O estudo foi divulgado em janeiro de 2020. Especialistas verificaram que a pele absorve os componentes químicos e acabam parando na corrente sanguínea. Os “ingredientes” imitam os hormônios produzidos diariamente pelo corpo, consequentemente, alteram o metabolismo e o sistema reprodutivo.

Tom Merton/Getty ImagesMulher passa protetor solar na barriga
Estudos mostraram que substâncias químicas dos protetores solares vão para a corrente sanguínea

Por Metrópoles