Com a alta dos casos de Covid-19, o Carnaval pode causar uma explosão de casos

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Em meio à escalada dos casos positivos para covid-19 em Mato Grosso, o infectologista Marcelo Sandrin lança um alerta sobre os riscos do carnaval. A prática de carnaval, tradicionalmente um evento de grande aglomeração e interação física, representa um cenário propício para uma explosão de transmissões caso as autoridades e a população não retomem e apliquem medidas de prevenção vigorosas.

Estando somente no mês de janeiro, mais de 5 mil indivíduos foram infectados e 11 perderam a vida devido ao vírus. A adoção de máscaras, medida comprovadamente eficaz na redução da transmissão, não deve ser relegada a um plano secundário, mas sim entendida como um imperativo preventivo.

O próprio infectologista Sandrin, responsável pelo Hospital e Maternidade Santa Helena em Cuiabá, compartilha que casos entre gestantes – um grupo de particular vulnerabilidade – já demandaram atendimento e internação. Vários membros do corpo clínico do hospital também foram afetados, um reflexo da contínua ameaça do vírus.

Nos eventos de carnaval, onde o contato próximo é quase uma constante, as chances de propagação do vírus respiratório aumentam exponencialmente. Para quem busca manter a tradição sem comprometer a saúde, medidas como a interação exclusiva com aqueles de mesma residência, a higienização frequente das mãos e superfícies, e a manutenção de distanciamento físico são essenciais.

O Dr. Sandrin sublinha a importância de assistência médica imediata para quem exiba sintomas respiratórios, e reitera a responsabilidade dos governantes em atuar proativamente para prevenir um cenário tão devastador quanto o vivenciado no início da pandemia.

Considerando a atualização do Painel Epidemiológico, que mostra um aumento nos casos positivos e mortes em comparação com o ano anterior, fica evidente a necessária vigilância e cuidado contínuos. Entre os recentes episódios lamentáveis, o óbito de um bebê de dois meses portador de síndrome de Down e um idoso de 72 anos, evidencia que a covid-19 ainda constitui um adversário formidável em Mato Grosso.